O PROTETOR 2

Massachusetts, Estados Unidos. Robert McCall (Denzel Washington) agora trabalha como motorista, ajudando pessoas que enfrentam dificuldades decorrentes de injustiças.

Todos vivemos momentos extraordinários, e difíceis. Mas, quando acordamos nossos dias são sempre lindos e belos não carregamos o peso de ter tirado a vida de ninguém ainda que esta seja a de um bandido. Alguns de nós não acordamos dispostos a fazer justiça com as próprias mãos, e nem pensa em vingança, não somos super heróis. Por isso, não vivemos buscando confusão ainda que saibamos de que existem pessoas que enfrentam dificuldades decorrentes da injustiça.

Nossas vidas são extraordinárias, porque somos simples, e aqueles que não são, vivem cheio de dores e carregam consigo sentimentos que precisam ser curados. Depois que sua amiga Susan Plummer (Melissa Leo) é morta, durante uma investigação de um assassinato na Bélgica, que McCall decide sair do anonimato e encontrar seu antigo parceiro, Dave (Pedro Pascal), no intuito de encontrar pistas sobre o autor do crime.

Até, então, Robert McCall estava - “ajudando pessoas que enfrentam dificuldades decorrentes de injustiças” – como por exemplo uma prostituta. A menina decidi ir ao apartamento dos rapazes, lá decidi cheirar cocaína com eles, depois é agredida, e é expulsa – “Não estou aqui defendendo a violência, ninguém está autorizado a fazer isto, e quem faz merece ser preso”. Mas, pergunto: Qual a diferença do Protetor 2 (Denzel Washington), daqueles jovens? Ambos violentaram: Eles, a menina – covardia; e McCall, os rapazes – covardia. Assim como os rapazes não tem o direito de fazer o que fez com a menina, Robert também não tem o direito de fazer o que fez com os rapazes.

O Protetor 2 é um filme que eu não veria se ele tivesse sido o primeiro. Apesar de iniciar praticando “justiça” com as próprias mãos, depois se perde. Quando sabe da morte de sua amiga Susan Plummer (Melissa Leo), ele se sente perdido.

Denzel Washington é um homem infeliz, cheio de dores e de marcas profundas deixada pela morte de sua esposa, vive sozinho, e isolado de tudo e de todos. Entretanto, mesmo sendo assim, os poucos contatos que tem o veem sempre com um sorriso no rosto e com uma simpatia sem igual. Observando as ações de todos ao seu redor e de tudo o que acontece, ele simplesmente vai sendo aquele salvador que todos desejam, mas que ninguém vê.

Particularmente não gostei do filme, não o veria novamente, e me deixa intrigado o fato de alguém ter se tornado justo no momento em que possui uma perda, ou seja, se não tivesse acontecido a perda, ele continuaria vivendo sua vida pacata. Então, sua justiça é motivada pela dor e não por uma causa. Robert McCall nos leva a pensar no fato de que não sabemos lidar com as nossas dores, e que se tivéssemos os mesmos recursos, talvez estivéssemos fazendo a mesma coisa.

“A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero” - Victor Hugo

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“Minhas Palavras, meu Púlpito”