O Monstro Púrpura ataca
O MONSTRO PÚRPURA ATACA
Miguel Carqueija
Resenha do seriado de cinema norte-americano “Marte invade a Terra” (título original: “The purple monster striker”) – Republic Pictures, 1941. Preto-e-branco, 15 episódios. Produção: Ronald Davidson. Direção: Spencer Bennet e Fred Brannon. Música: Richard Cherwin. Fotografia: Bud Thackery. Roteiro: Royal Cole, Albert Demond, Basil Dickey, Lynn Perkins, Joseph Poland e Barney Sarecky.
Elenco:
Craig Foster...................Dennis Moore
Sheila Layton.................Linda Stirling
Monstro Púrpura...........Roy Barcroft
Dr. Cyrus Layton............James Craven
Hart Garrett..................Bud Geary
Nos velhos tempos, décadas de 30 e 40, eram populares os seriados de cinema, já que não existiam ainda as transmissões comerciais de televisão. Tais seriados eram curtos, costumavam ter quinze episódios e serviam de complementos aos filmes de longa-metragem. Uma jogada esperta do cinema norte-americano (não tenho conhecimento de tais séries em outros países), pois quem quisesse acompanhar um seriado tinha que ir toda semana ao cinema, suponho
Geralmente eram muito bregas. Este, de ficção científica, parece uma produção de Sam Katzman, um dos mais cafonas produtores de Hollywood; todavia seu nome não aparece. A trama é muito arbitrária. Um sujeito com roupa de malha, que se intitula o “Monstro Púrpura”, vem de Marte numa espaçonave minúscula sem mecanismo de retorno, pretendendo se apossar da tecnologia de um cientista norte-americano, o Dr. Cyrus Layton, que possibilitaria resolver o problema da viagem de ida e volta. Para isso ele mata o cientista e através de um gás especial, que traz em seu equipamento, torna o próprio corpo etéreo e pode penetrar e sair à vontade do cadáver.
A sobrinha do cientista, Sheila, e o noivo desta (bem, não sabemos ao certo o que ele é dela, não há a mínima explicação), Craig Foster, passam o tempo combatendo as manobras do Monstro Púrpura que utiliza cúmplices terrestres para desenvolver os meios de retornar a Marte e de lá trazer uma frota invasora. Esse Craig é ex-agente secreto e agora advogado, faz tudo praticamente sozinho, em cada episódio mete-se em brigas homéricas e cômicas com os inimigos. As soluções são em geral trazidas pelo acaso.
A série pode ser vista a título de curiosidade — foi posta em DVD no Brasil — mas não precisa ser levada a sério.
Rio de Janeiro, 5 de agosto de 2018.
O MONSTRO PÚRPURA ATACA
Miguel Carqueija
Resenha do seriado de cinema norte-americano “Marte invade a Terra” (título original: “The purple monster striker”) – Republic Pictures, 1941. Preto-e-branco, 15 episódios. Produção: Ronald Davidson. Direção: Spencer Bennet e Fred Brannon. Música: Richard Cherwin. Fotografia: Bud Thackery. Roteiro: Royal Cole, Albert Demond, Basil Dickey, Lynn Perkins, Joseph Poland e Barney Sarecky.
Elenco:
Craig Foster...................Dennis Moore
Sheila Layton.................Linda Stirling
Monstro Púrpura...........Roy Barcroft
Dr. Cyrus Layton............James Craven
Hart Garrett..................Bud Geary
Nos velhos tempos, décadas de 30 e 40, eram populares os seriados de cinema, já que não existiam ainda as transmissões comerciais de televisão. Tais seriados eram curtos, costumavam ter quinze episódios e serviam de complementos aos filmes de longa-metragem. Uma jogada esperta do cinema norte-americano (não tenho conhecimento de tais séries em outros países), pois quem quisesse acompanhar um seriado tinha que ir toda semana ao cinema, suponho
Geralmente eram muito bregas. Este, de ficção científica, parece uma produção de Sam Katzman, um dos mais cafonas produtores de Hollywood; todavia seu nome não aparece. A trama é muito arbitrária. Um sujeito com roupa de malha, que se intitula o “Monstro Púrpura”, vem de Marte numa espaçonave minúscula sem mecanismo de retorno, pretendendo se apossar da tecnologia de um cientista norte-americano, o Dr. Cyrus Layton, que possibilitaria resolver o problema da viagem de ida e volta. Para isso ele mata o cientista e através de um gás especial, que traz em seu equipamento, torna o próprio corpo etéreo e pode penetrar e sair à vontade do cadáver.
A sobrinha do cientista, Sheila, e o noivo desta (bem, não sabemos ao certo o que ele é dela, não há a mínima explicação), Craig Foster, passam o tempo combatendo as manobras do Monstro Púrpura que utiliza cúmplices terrestres para desenvolver os meios de retornar a Marte e de lá trazer uma frota invasora. Esse Craig é ex-agente secreto e agora advogado, faz tudo praticamente sozinho, em cada episódio mete-se em brigas homéricas e cômicas com os inimigos. As soluções são em geral trazidas pelo acaso.
A série pode ser vista a título de curiosidade — foi posta em DVD no Brasil — mas não precisa ser levada a sério.
Rio de Janeiro, 5 de agosto de 2018.