A CASA DO CEMITÉRIO (1981)

Manhã chuvosa, país mergulhado no caos, intransigência política, escassez de víveres. Nada como um bom filme de terror para fugir dessa realidade aterrorizante. Faço uma busca rápida na rede, e eis que me deparo com esse A CASA DO CEMITÉRIO, o último melhor trabalho do cultuado cineasta italiano Lucio fulci, que depois disso iria se envolver com várias produções desprezíveis. Na trama, o pesquisador Norman Boyle (Paolo Malco, numa boa atuação) muda-se com sua esposa e filho para uma velha casa em New England. A construção fica ao lado de um cemitério abandonado, fato que não deixa de causar certo desconforto em Lucy (Katherine MacColl), mulher do pesquisador. A mudança é feita com a finalidade de Norman prosseguir com uma investigação iniciada por um colega seu que, recentemente, tinha matado a amante e cometido suicídio. Norman fica obcecado pela história de um antigo morador da casa, o Dr. Jacob feudstein., uma espécie de cientista maluco, envolvido com experiências ilegais. Não demora muito para que Lucy e o filho, Bob, (Giovanni Frezza) comecem a ouvir estranhos sons dentro da nova residência, como um choro de criança, seguidos de trágicos e sangrentos assassinatos.

A CASA DO CEMITÉRIO é um misto de histórias de zumbis, fantasmas e psicopatas homicidas, cuja trama é bem amarrada e funciona perfeitamente. Há algumas derrapadas no roteiro, algumas pontas soltas, mas que, de forma alguma, compromete o seu bom andamento. A trilha musical é inquietante, e contribui com eficiência para a potencialização das cenas de suspense. Nas mortes o sangue jorra em grande quantidade, através de efeitos práticos muito legais, aliás, foi por toda essa sanguinolência que a censura inglesa baniu o filme da terra da rainha. É um filme repleto de clichês, Daqueles que já estamos saturados de ver na grande maioria das produções desse gênero, no entanto foi feito com competência, com uma história criativa, interessante, uma boa diversão para os amantes do terror.