Grandes esperanças (1946)
Ontem assisti a esse belíssimo filme produzido em 1946, dirigido por David Lean, um dos cineastas britânicos mais aclamados, tanto pelo público como pelos críticos. É considerada, por muitos, a adaptação mais fiel da obra, de mesmo título, de Charles Dickens, publicada em 1861. O filme conta a história de um jovem chamado Pip (Anthony Wager como criança e John Mills na fase adulta). Quando ele vai ao cemitério levar flores aos túmulos de seus pais, dá de cara por lá com um criminoso foragido das barcaças ancoradas na costa. O homem faz ameaças terríveis a Pip para obrigá-lo a retornar com algum instrumento para romper as correntes, e a não contar nada a ninguém sobre o ocorrido. Pip atende ao pedido do criminoso, deixando-o surpreso e comovido. Recapturado horas depois pela polícia, o homem é reconduzido à prisão, mas jamais esquecerá o ato de bondade daquele menino. Mais tarde Pip é convidado para ir à mansão de Miss Havisham (Martita Hunt), que foi abandonada pelo noivo no dia do casamento e, que por isso, vive confinada em sua mansão, sem nunca ver a luz do sol. Ela mora com sua filha adotiva Stella (Jean Simmons na fase criança e Valerie Hobson como adulta), a quem cria com o único propósito de usá-la para se vingar dos homens. Pip fica freqüentando a mansão por algum tempo e, mesmo sendo humilhado por Stella pelo fato de ser pobre, acaba se apaixonando pela garota. A partir de então Pip começa a sonhar em ascender socialmente e se tornar um cavalheiro e, assim, conseguir a atenção de Stella.
É uma história bem conduzida, cheia de surpresas e reviravoltas. Os cenários e figurinos estão perfeitos. Os atores estão bem em seus personagens, embora John Mills, que vive Pip na fase adulta, não convença muito interpretando um rapaz de 20 anos. À época o ator estava com 38.