RED GARDEN episódio 10: novas revelações

RED GARDEN episódio 10: novas revelações
Miguel Carqueija


Prosseguindo o guia de episódios de RED GARDEN, ou seja, JARDIM VERMELHO, chegamos ao episódio 10 onde a misteriosa Lula sempre acompanhada pelo silencioso J.C. esclarece as garotas mortas-vivas alguns detalhes sobre a guerra contra a família Delore, sobre a qual foi lançada uma maldição de licantropia. Ficamos sabendo que também o outro lado (o inimigo, ou seja os Dolore) sofre a atração das borboletas de Lula. Quando um dos membros começa a apresentar os primeiros sintomas da doença e quando está prestes a se transformar é atraído para algum local ermo para ser eliminado — e é aí que entram as quatro garotas Kate, Rose, Raquel e Claire. Antes delas surgirem outras equipes foram destruídas pelos monstros. O terror vai se apertando em torno das quatro, que ainda tentam levar uma vida normal dentro de suas perspectivas: Claire tentando encontrar emprego, Rose se desdobrando para cuidar de dois irmãos pequenos (Paul e Carrie) depois que o pai sumiu e a mãe foi hospitalizada, Raquel agora se dedicando aos livros e Kate mais empenhada em investigar. E um policial experiente não aceita o veredicto de suicídio para Lise e prossegue sua investigação.



Resenha do episódio 10 – “Confusão” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.

Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira Tomisaka
Claire Forrest..................................Myiuki Sawashiro
Rachel Benning...............................Ryouko Shintani
Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji
Lise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen
Lula..................................................Rie Tanaka

“Eles se perdem na maldição e viram monstros.”
(Kate)

“Fiquem fortes se não quiserem morrer.”
(Lula)

“Terão que lutar sozinhas. Terão que lutar contra vários deles.”
(Lula)


Moderna história de terror, “Red garden” se beneficia de um clima psicológico muito humano ao misturar o horror com os problemas prosaicos das garotas envolvidas numa situação alucinatória. O argumento básico é engenhoso e aliciante. Afinal de contas o que é que Kate e as demais têm a ver com a briga entre duas famílias? Lula afirma que sua família foi alvo de maldição (qual?) e respondeu com outra (a da licantropia, palavra não utilizada na série), escondendo a maneira de quebrá-la. E agora a família Delore encontra-se com poucas mulheres (apenas duas jovens, irmãs de Hervé, enfermiças e mantidas reclusas) e busca descobrir a cura pesquisando Lise, que embora morta e enterrada recebeu um novo corpo (Animus, como eles dizem) que Lula não pôde recuperar, e sem memória.
Hervê, porém, não está satisfeito com o rumo que as coisas estão tomando e se irrita com o médico Bender, achando que ele está descuidando de suas irmãs para cuidar de uma inimiga, Lise.
A sensação de estranheza sentida pelas quatro protagonistas, que têm de agir juntas embora antes pouco se conhecessem, é onipresente. Por que eu? Por que nós? Esta deve ser a pergunta que todas elas fazem com frequência, em seus íntimos. Claire (imagem) hesita em matar o mais recente lobisomem com um golpe de seu bastão de beisebol, apesar de vê-lo atacando Raquel... porque o vira ainda na normalidade e sabia que o mesmo tinha esposa. Isso aliás gera uma contradição na trama, pois então as mulheres da família não eram só aquelas duas; a não ser que esposas de homens da Dolore não fossem consideradas da família no sentido de não serem atingidas pela maldição.
Claire afinal mata mais esse. Mas, pelo que Lula deixou entrever, o pesadelo está longe do fim. Vem mais sangue no jardim vermelho...

Rio de Janeiro, 16 de março de 2018.