MAIS REFLEXÕES ORIUNDAS DO CINEMA

(Por Érica Cinara Santos)

Era um sábado, e eu, despretensiosamente decidi ir ao cinema na companhia de pessoas que há tempos não via pessoalmente. Ouvira falar de um filme que seria “o do momento” e que ocupava um número considerável de salas nos cinemas dado o sucesso de bilheteria.

Achei que se tratava de mais um daqueles nos moldes comerciais de super-heróis, bem ao estilo da Marvel. Mas me permiti despir-me dos conceitos previamente moldados em minha mente e adentrei aquela sala de cinema disposta a ter um olhar totalmente desnudo.

De fato, há milhões de cenas de ação, lutas e efeitos especiais. Mas algumas coisas me levaram muito além desse universo dos “enlatados” de Hollywood.

Uma delas é que ele traz a negritude ao topo, como nunca antes foi colocada no cinema; pelo menos até onde é possível à minha memória recordar. Mostra os negros não como à margem, nem como inferiores; coloca-os como um exemplo de um povo justo e evoluído; algo que, penso eu, deve ser buscado por toda humanidade, independente de quaisquer diferenças de características físicas.

Destaca também o empoderamento feminino. Mulheres fortes em todos os sentidos estão por toda parte entre as personagens. O que, particularmente, achei fascinante!

Fala também de magia e tradições e aí..., confesso, vem de forma certeira ao meu calcanhar de Aquiles. Amo esse tema! Fato inconteste! (Pronto, falei!...rsrs)

Mas, creio, o mais interessante que o roteiro nos apresenta é a mensagem que deixa ao retratar uma civilização que vive, a princípio, propositalmente escondida. Isso porque guarda uma extraordinária gama de conhecimentos e tecnologias que, se utilizados de forma equivocada pela soberba humanidade atual, poderia provocar consequências devastadoras.

Contudo, em que pese o entendimento de que “as civilizações” ao redor do mundo, sem exceção estão ainda muito aquém de um desenvolvimento moral necessário, WAKANDA, a civilização negra retratada nesta obra, decide compartilhar seu tesouro com o resto do mundo, no intuito de se irmanar no propósito de promover a cura para o mal do planeta, o que provoca as guerras, o que gera o preconceito e a tirania entre os povos: A IDEIA DE SEPARAÇÃO.

Obs.: Perdoem-me o spoiler, mas acreditem, nada substitui a ida ao cinema pra conferir “Pantera Negra”..rsrs

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 25/02/2018
Reeditado em 20/09/2020
Código do texto: T6263946
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