Não pisque - terror

O gênero de filmes que mais gosto é terror. Mas não aquele terror pornográfico, apelativo com muito sangue facadas machado tortura psicopatias e morte e mais mortes com sequencia programada para virar franquia.

Quando entram em cena, os personagens se parecem com pessoas comuns, como eu e você. A história vai caminhando e quando a lógica desafia o senso comum, aquilo que a gente repete sem pensar, uma verdade contundente sempre aparece. Não a verdade de um personagem ou outro, mas uma verdade da vida... Algo simples e grande, tremendo e assustador.

Depois de um momento que 'não tem mais volta', as palavras que saem da boca dos personagens (pessoas como eu e você...) são palavras ditas no limite da experiência de estar vivo – sem tempo há perder! Nesse momento de terror, a fala das personagens (o texto interpretado) revela o óbvio oculto e nós levamos o susto.

Como se trata de um filme, saímos ilesos – mas com a sensação de que “se a arte estiver imitando a vida, então estaremos perdidos”.

No filme ‘DON’T BLINK’ (não pisque, de 2014) o terror vem da constatação de que a vida é mesmo nada, que tudo que fazemos se torna nada em um segundo, o que nos parece ser muito tempo na verdade é nada, que seremos apagados da história, esquecidos nas memórias, deletados dos sistemas... NÃO PISQUE! Pode ser que ao abrir os olhos sua vida já tenha passado – assista, é um terror!

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Baltazar Gonçalves

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 22/02/2018
Reeditado em 13/05/2019
Código do texto: T6261239
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