Cloverfield, a partícula de Deus

Por mais que o filho seja rebelde o amor de mãe o perdoa. Acho que é esse o tipo de fraqueza que tenho pelos filmes (e outros veículos) do gênero ficção, sobretudo se ele mexe com o imponderável futuro e/ou possibilidades que possam sugerir respostas para as perguntas clássicas sobre nossa presença aqui nesse mundo. Justificado o motivo, vamos ao filme “Cloverfield, a partícula de Deus” que lamento dizer: é ruinzinho, viu? Dos 3 filmes produzidos (o segundo é o que mais gostei) com o que se convenciona chamar de franquia, esse é o pior. É curioso como os estúdios gastam uma fortuna para dar forma a tantos roteiros medíocres. Sim, porque os caras do concept art são quase sempre os que se salvam. Imagine uma terra com crise energética aguda e um colisor de partículas montado em sua órbita que geraria energia grátis pra todo mundo. A ideia em si, já não parece coisa de fundamento, (sou mais a do Tesla). Após ligada essa máquina, que como disse, fica numa mega estação espacial, dá um tilt no panorama e a terra desaparece: ok, essa ideia é interessante. Aí começam os conflitos e os “malassombros” digamos... desconectados, algumas são inadmisivelmente desassociados do clima que quiseram dar à trama. Fica tudo a meio caminho dos filmes que nos sugere ter se inspirado, Alien, como sempre, uma inspiração também frequentemente mal aproveitada. A esperança que me rondava era porque um dos produtores foi o competente J.J. Abrams, porém ele parece ter ficado numa dimensão e o diretor e roteirista em outra. Forçada de barra! Quem assistir verá!