RED GARDEN episódio 7: o outro lado do terror

RED GARDEN episódio 7: o outro lado do terror
Miguel Carqueija


No capítulo sétimo deste impressionante seriado de terror em animação começamos a penetrar mais no mundo dos adversários, especialmente o jovem Hervé, do clã Dolore, que vem sendo de há muito ceifado por uma estranha maldição, a da licantropia, que vitimou sua mãe e ameaça vitimar sua irmã e sua prima, as últimas garotas da família. O líder do clã, avô de Hervé, com o médico Bender ainda procura algum antídoto. Enquanto isso homens da família Dolore continuam se tornando lobisomens de modo que as quatro garotas mortas-vivas tornam a ser convocadas pelo clã Animus, inimigo do Dolore...


Resenha do episódio 7 – “Um outro destino” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.


Elenco de dublagem:

Kate Ahsley.....................................Akira Tomisaka
Claire Forrest..................................Myiuki Sawashiro
Rachel Benning...............................Ryouko Shintani
Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji
Lise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen
Lula..................................................Rie Tanaka


Uma nova noite. Um dia não eventual. Uma luz diminuta brilha fracamente a trilha do futuro das garotas... e a traz mais perto.”
(Narração)


Kate, Claire, Rachel e Rose parecem um pouco mais acostumadas a seu terrível destino, depois que viram seus verdadeiros corpos ainda conservados no esconderijo da Animus. Elas conservam a esperança de retornar um dia a suas vidas normais, em que não precisem caçar lobisomens. No entanto estão algo apáticas, aéreas, e seus amigos e familiares percebem isso. Como uma das alunas-inspetoras do colégio Kate vem tendo problemas, pois desinteressou-se de suas obrigações. Mas elas continuam indo nas expedições noturnas cada vez que são chamadas pelas misteriosas borboletas (que só elas vêem) e agora vão as quatro munidas de bastões para matar os lobisomens que aparecerem.
Desta vez porém são vistas, do alto de um prédio, pelo Hervé. E embora esse rapaz, personagem importante na evolução da história, seja mostrado em cenas rápidas da infância e demonstre sentimentos humanos (ao menos com a família) ao assistir a morte de mais um membro do clã, a bastonadas, faz o tipico comentário machista: “Aquelas vadias...”
Por que um homem, quando quer falar mal de uma mulher, chama logo de “vadia” (querendo dizer “prostituta”, embora as meretrizes trabalhem até muito, nem de longe são vadias) como se ele, como homem, fosse um vestal?
Mas não se preocupem: a série nada tem de machsita, até porque principaliza quatro mulheres: o personagem é que é machista.

Rio de Janeiro, 1° de fevereiro de 2018.


na imagem Kate (à direita e a inspetora-aluna Paula)