RED GARDEN episódio 4: a revolta de Rachel
RED GARDEN episódio 4: a revolta de Rachel
Miguel Carqueija
Sofrer e lutar. Arrancadas de suas existências normais as quatro estudantes da Roosevelt Island, a estranha ilha de Nova Iorque, Kate, Rose, Claire e Rachel, já não sabem o que fazer de suas vidas, que são misteriosamente controladas pelo casal misterioso e pelas borboletas que as chamam para os combates. Elas reagem de formas diferentes por conta das personalidades divergentes: Kate tenta ser fria e dar apoio às demais; Rose, mais caseira, na ausência da mãe que está hospitalizada ocupa-se em levar os irmãos mais novos à escola antes de ir ela própria, e isso a distrai da tragédia que a envolveu; Claire, endurecida pela vida, morando em bairro pobre, procura ser impassível e Raquel, esta parece à beira de um ataque de nervos. Kate chama Rose e as duas tentam visitar Rachel em seu apartamento, já que a mesma havia faltado à escola (como também estava faltando a encontros com o namorado Luke). Raquel porém as destrata, não as vê como amigas e zomba quando elas falam em escola. “Vocês estão loucas? Nós estamos mortas!” O clima nervoso da série se acentua na batalha que ocorre neste capítulo, quando Rachel, utilizando o bastão de beisebol de Claire, elimina o lobisomem com quem elas têm de lutar naquela noite, e tem uma crise histérica, precisando que Claire e Kate lhe tomem o taco, já que ela não queria parar de bater no adversário morto.
Viver para que? Para isso? O desespero de Rachel penetra nos espectadores nesta série de animação que realmente consegue ser impactante em seu insólito terror...
Resenha do episódio 4 – “Aonde devemos ir?” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.
Elenco de dublagem:
Kate Ahsley.....................................Akira Tomisaka
Claire Forrest..................................Myiuki Sawashiro
Rachel Benning...............................Ryouko Shintani
Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji
Lise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen
Lula..................................................Rie Tanaka
“Essas garotas... não sei como, mas sinto que elas irão até o fim.”
(JC)
“Gente morta vai à escola?”
(Rachel Benning)
“Nós ainda vamos viver desse jeito. Creio que somos diferentes de Lise.”
(Kate Ahsley)
“Vamos viver só para fazer isso? As coisas vão continuar desse jeito? Amanhã, o dia depois de amanhã... Isso vai continuar? Não quero viver assim!”
(Rachel Benning)
O clima de terror espectante e de tragédia descabida perpassa a extraordinária série que foi criada em mangá por Kirihito Ayamura e adaptado à televisão pelo Estúdio Gonzo. Quatro garotas tão diferentes entre si, e que encontram dificuldade em se relacionarem, estão porém mergulhadas até a medula numa situação terrificante da qual não vêem saída: por um lado, a terrível constatação de que não passam de mortas-vivas; em seguida, a outra constatação também terrível de que o único motivo para estarem ainda no mundo é terem de lutar contra homens que viram feras, sem que elas saibam sequer porque isso está acontecendo. Lula ainda não revelou a elas a razão da existência dos monstros que elas devem combater, arriscando nisso as suas segundas vidas. Nesse ponto, a explosão histérica de Rachel dá um toque altamente dramático e tocante à finalização do episódio; não há como não se compadecer do cruel destino das quatro.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2017.
na imagem: Rose, Rachel, Kate e Claire
RED GARDEN episódio 4: a revolta de Rachel
Miguel Carqueija
Sofrer e lutar. Arrancadas de suas existências normais as quatro estudantes da Roosevelt Island, a estranha ilha de Nova Iorque, Kate, Rose, Claire e Rachel, já não sabem o que fazer de suas vidas, que são misteriosamente controladas pelo casal misterioso e pelas borboletas que as chamam para os combates. Elas reagem de formas diferentes por conta das personalidades divergentes: Kate tenta ser fria e dar apoio às demais; Rose, mais caseira, na ausência da mãe que está hospitalizada ocupa-se em levar os irmãos mais novos à escola antes de ir ela própria, e isso a distrai da tragédia que a envolveu; Claire, endurecida pela vida, morando em bairro pobre, procura ser impassível e Raquel, esta parece à beira de um ataque de nervos. Kate chama Rose e as duas tentam visitar Rachel em seu apartamento, já que a mesma havia faltado à escola (como também estava faltando a encontros com o namorado Luke). Raquel porém as destrata, não as vê como amigas e zomba quando elas falam em escola. “Vocês estão loucas? Nós estamos mortas!” O clima nervoso da série se acentua na batalha que ocorre neste capítulo, quando Rachel, utilizando o bastão de beisebol de Claire, elimina o lobisomem com quem elas têm de lutar naquela noite, e tem uma crise histérica, precisando que Claire e Kate lhe tomem o taco, já que ela não queria parar de bater no adversário morto.
Viver para que? Para isso? O desespero de Rachel penetra nos espectadores nesta série de animação que realmente consegue ser impactante em seu insólito terror...
Resenha do episódio 4 – “Aonde devemos ir?” – do seriado japonês de animação “Red garden” (Jardim vermelho). Estúdio Gonzo, Japão, 2006-2007. Produção: Jin Ho Chung. Direção: Kou Matsua. Adaptação do mangá de Kirihito Ayamura.
Elenco de dublagem:
Kate Ahsley.....................................Akira Tomisaka
Claire Forrest..................................Myiuki Sawashiro
Rachel Benning...............................Ryouko Shintani
Rose Sheedy...................................Ayumi Tsuji
Lise Harriette Meyer.......................Misato Fukuen
Lula..................................................Rie Tanaka
“Essas garotas... não sei como, mas sinto que elas irão até o fim.”
(JC)
“Gente morta vai à escola?”
(Rachel Benning)
“Nós ainda vamos viver desse jeito. Creio que somos diferentes de Lise.”
(Kate Ahsley)
“Vamos viver só para fazer isso? As coisas vão continuar desse jeito? Amanhã, o dia depois de amanhã... Isso vai continuar? Não quero viver assim!”
(Rachel Benning)
O clima de terror espectante e de tragédia descabida perpassa a extraordinária série que foi criada em mangá por Kirihito Ayamura e adaptado à televisão pelo Estúdio Gonzo. Quatro garotas tão diferentes entre si, e que encontram dificuldade em se relacionarem, estão porém mergulhadas até a medula numa situação terrificante da qual não vêem saída: por um lado, a terrível constatação de que não passam de mortas-vivas; em seguida, a outra constatação também terrível de que o único motivo para estarem ainda no mundo é terem de lutar contra homens que viram feras, sem que elas saibam sequer porque isso está acontecendo. Lula ainda não revelou a elas a razão da existência dos monstros que elas devem combater, arriscando nisso as suas segundas vidas. Nesse ponto, a explosão histérica de Rachel dá um toque altamente dramático e tocante à finalização do episódio; não há como não se compadecer do cruel destino das quatro.
Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2017.
na imagem: Rose, Rachel, Kate e Claire