Extraordinário
Auggie, um garoto que passou por várias cirurgias em seu rosto está prestes a começar sua vida escolar. Nate e Isabel, os pais, tendem a discordar sobre a necessidade de tal feito, afinal o menino sempre teve aulas em casa com a mãe.
Via, a irmã mais velha, retrata o que poderia acabar escapando na história, com as preocupações dos pais em cuidar e apoiar o irmão, ela fica cada vez mais isolada. Seu arco é bem desenvolvido, alguma vezes, tomando frente ao principal.
Crueldade e malícia se entrelaçam as provocações e insultos endereçados a Auggie, a trama conecta cada problema, e busca desenvolver os progressos do protagonista. Um dos principais destaques, é a abordagem geral, de cada personagem, mostrando as razões para que tenham certas atitudes, mesmo escorregando em algumas explicações.
Owen Wilson é um pai presente, dedicado e que sabe extrapolar boas piadas. Julia Roberts é a mãe preocupada e cheia de energia. Jacob Tremblay é a alma do filme, transmitindo o carisma que já havia demonstrado em O Quarto de Jack.
Stephen Chbosky dirige o longa de maneira contida, não é possível ver a mesma energia que houvera em As Vantagens de Ser Invísivel, onde ele dirigiu e também é o autor do livro. Por não portar a história, e o filme ser mais comercial do que independente, o resultado final é agradável e um ótimo ponto de encontro entre ficção e realidade.
Nota: 9,0