Resenha do filme, Um Golpe Do Destino.

THE DOCTOR. No Brasil, UM GOLPE DO DESTINO.

O filme, Um Golpe Do Destino, retrata a relação entre médico e paciente, tendo como personagem central o Dr. Jack Mackee, que mantém uma barreira emocional, não só com seus pacientes mas também com sua família, porém ao ser diagnosticado com câncer na laringe ocorre uma inversão de papéis, que o fará ter uma opinião diferente sobre a doença e a onda de fragilidade que ela dissipa não só naquele que é acometido por ela, mas também nas pessoas ao seu redor, além de construir uma nova concepção de ética profissional e relação interpessoal.

O Dr. Mackee e parte dos profissionais do hospital em que trabalha agem como se fizessem parte de um clube fechado, limitando-se ao uso de um atendimento mecanizado, o qual compara o paciente a uma máquina, que apenas precisa ser consertada, ignorando o seu estado e necessidade emocional, importando-se apenas com a doença física. Jack inicia seu tratamento com uma colega de trabalho que detém os mesmos traços profissionais que ele, mostrando-se indiferente a tudo que não diga respeito a sua doença, focando-se apenas no melhor tratamento segundo as estatísticas de cura.

No decorrer do tratamento o renomado médico, que não chamava seus pacientes pelo nome e era apático em relação aos mesmos, acabou sendo tratado da mesma forma insensível. Durante este período, ele inicia uma amizade com June, que possui câncer no cérebro, entrando assim, em um processo de reeducação, inicialmente se sensibilizando com a força da nova amiga e consequentemente começando a enxergar a dor do ser humano, a luta pela qual ele passa, seus medos, carências e desejos, tudo que antes era ignorado por ele como pessoa e profissional. A partir desse estágio de conhecimento e vivência, ele se vê como um paciente comum, sujeito ao sistema de saúde, admitido por ele ser falho.

Jack que antes era arrogante e indiferente, mudou totalmente a visão que ele tinha sobre o papel do médico e o que era ser o paciente, tais acontecimento lhe permitiram compreender as necessidades emocionais do ser humano, que vão além da busca pela cura, além de estabelecer uma nova visão ética profissional, que se faz clara nos momentos em que ele investiga e sega a encobrir um erro médico. Ao se perceber como paciente, conhecer June, vê-la partir e passar por esse período de transição, ele se torna mais humanizado, reaproximando-se da família e resgatando valores que o elevaram como pessoa e profissional, ocorrendo assim, uma mudança no modo de tratar o outro, seja paciente ou não, acontece também o afloramento do amor pela vida e profissão, inspirando-o a ensinar o que fora aprendido por ele aos residentes do hospital, na prática. Esquecendo a posição deles e tratando-os como pacientes, para que entendessem, assim como ele, a amplitude do papel médico e consequentemente terem um vislumbre sobre o que é estar no lugar do paciente, com o intuito de que aprendessem a exercer a profissão e até mesmo viver da forma mais íntegra possível.

Meus Passos
Enviado por Meus Passos em 07/12/2017
Reeditado em 15/12/2017
Código do texto: T6192779
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