SAILOR MOON CLÁSSICA 36: Tuxedo Mask contra Sailor Moon
SAILOR MOON CLÁSSICA 36: Tuxedo Mask contra Sailor Moon
Miguel Carqueija
Em mais um episódio emocionante e pungente constatamos que o calvário de Sailor Moon apenas começou. Separada de seu amado Mamoru Chiba, esmagada pelo pêso das responsabilidades que lhe caíram impiedosamente nos ombros, ela que há poucos meses era apenas uma adolescente romântica e cheia de sonhos como tantas outras sente-se sucumbir ao sofrimento. Mas algo ainda pior está para vir: quando Mamoru Chiba, o Tuxedo Mask, reaparece mas volta-se contra ela...
Resenha do episódio 36 – “A confusão de Serena: o Tuxedo Mask é ruim?” – do seriado de tv “Bishojo senshi Sailor Moon” ou “Pretty Guardian Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) – Toei, Japão, 1992. Produção executiva: Iriyma Azuna. Produção e direção: Junichi Sato. Roteiro: Yoshiyuki Tomita. História original de Naoko Takeushi.
Usagi Tsukino (Serena, Sailor Moon).................Kotomo Mitsuishi
Tuxedo Kamen ou Tuxedo Mask (Darien, Mamoru Chiba)...........Toru Furuya
Luna....................................................................Keiko Han
Rainha Beryl........................................................Keiko Han
Ami Mizuno (Sailor Mercúrio)..............................Aya Hisakawa
Hino Rei (Sailor Marte) .......................................Michie Tomizawa
Makoto Kino (Sailor Júpiter)...................................Emi Shinohara
Aino Minako (Sailor Vênus)................................Rika Fukami
Kunzite (Malachite).............................................Kazuiuki Sogabe
Artêmis..........................................Kappei Yamaguchi
Naru Osaka (Molly).............................................Shino Kakihuma
“Eu não entendo por que sou uma princesa da Lua, por que devo lutar contra o Reino Escuro, por que eu? Por que eu? Eu quero continuar... continuar sendo uma garota igual às outras!”
(Sailor Moon)
“Alguém que ela ama desapareceu. Se eu estivesse no lugar dela... eu entendo como se sente.”
(Sailor Marte)
“Você vai mesmo lutar contra nós, Tuxedo Mask?”
(Sailor Mercúrio)
A saga de Naoko Takeushi prossegue com fascinantes detalhes psicológicos (especialmente a psicologia da heroína principal) e passagens profundas, mesmo alternando com infantilidades que contribuem para o charme da série, já que há quatro leituras possíveis da história: infantil, adolescente, adulta e mística.
É pungente, de cortar o coração, a cena inicial onde Serena (Usagi Tsukino, o nome Serena, colocado no Ocidente, remete a Selene, um dos nomes da mitológica princesa da Lua), adormecida em seu leito, de noite, sonha presa de angústia e fala dormindo, testemunhada apenas por sua gata falante lunar, Luna:
“Eu não entendo porque sou uma princesa da Lua, por que devo lutar contra o Negaverso, por que eu? Por que eu?”
“Eu quero continuar... continuar sendo uma garota igual às outras!”
A cena patética traduz bem o sofrimento íntimo de Sailor Moon. Descobrir que ela é a herdeira do Reino Lunar, que é uma princesa, que é a fiel depositária de uma arma divina (o cristal de prata), que tem de proteger o mundo e a humanidade, e que Mamoru é o Príncipe da Terra, Endymion, que fôra o seu noivo do mundo passado, nada disso a alegra, pois Mamoru desapareceu, sequestrado pelo Negaverso (Reino Escuro). Por outro lado, tendo antes sabido ser uma guerreira mística, e agora saber-se uma princesa vinda da Lua, tudo isso é demais para ela.
A sensibilidade de Usagi Tsukino, ao mesmo tempo frágil e poderosa, vulnerável e majestosa, é algo praticamente sem paralelo no mundo dos super-heróis, impensável em personagens como Batman, Homem de Ferro, Thor, Homem Aranha, Mulher Maravilha, Lanterna Verde e tantos outros. O universo dos super-heróis é, por via de regra, muito frio e violento para se permitir tais sutilezas. Somente algumas heroínas “shoujo” dos desenhos japoneses podem até certo ponto ser comparadas a Sailor Moon.
Neste episódio a situação se complica mais ainda. Após dominarem as funcionárias de um salão de beleza, onde Serena e Minako comparecem (numa tentativa de Sailor Vênus de tirar a amiga da depressão) a turma do Reino Escuro ataca — e o Tuxedo Mask aparece inesperadamente. Mas ele se identifica como Endymion, Comandante do Negaverso, e exige de Sailor Moon a entrega do cristal de prata. Acostumada a lutar com as “yumas” Sailor Moon não sabe o que fazer diante do homem a quem ela ama, e que sofreu uma lavagem cerebral, tornando-se agora um inimigo. Mas Sailor Vênus chamou as outras pelo comunicador e diante das cinco Endymion recua por um portal dimensional. Agora, Usagi Tsukino entende que precisa resgatar seu amor do poder do mal. A luta continuará...
Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2017.
SAILOR MOON CLÁSSICA 36: Tuxedo Mask contra Sailor Moon
Miguel Carqueija
Em mais um episódio emocionante e pungente constatamos que o calvário de Sailor Moon apenas começou. Separada de seu amado Mamoru Chiba, esmagada pelo pêso das responsabilidades que lhe caíram impiedosamente nos ombros, ela que há poucos meses era apenas uma adolescente romântica e cheia de sonhos como tantas outras sente-se sucumbir ao sofrimento. Mas algo ainda pior está para vir: quando Mamoru Chiba, o Tuxedo Mask, reaparece mas volta-se contra ela...
Resenha do episódio 36 – “A confusão de Serena: o Tuxedo Mask é ruim?” – do seriado de tv “Bishojo senshi Sailor Moon” ou “Pretty Guardian Sailor Moon” (A linda guardiã Sailor Moon) – Toei, Japão, 1992. Produção executiva: Iriyma Azuna. Produção e direção: Junichi Sato. Roteiro: Yoshiyuki Tomita. História original de Naoko Takeushi.
Usagi Tsukino (Serena, Sailor Moon).................Kotomo Mitsuishi
Tuxedo Kamen ou Tuxedo Mask (Darien, Mamoru Chiba)...........Toru Furuya
Luna....................................................................Keiko Han
Rainha Beryl........................................................Keiko Han
Ami Mizuno (Sailor Mercúrio)..............................Aya Hisakawa
Hino Rei (Sailor Marte) .......................................Michie Tomizawa
Makoto Kino (Sailor Júpiter)...................................Emi Shinohara
Aino Minako (Sailor Vênus)................................Rika Fukami
Kunzite (Malachite).............................................Kazuiuki Sogabe
Artêmis..........................................Kappei Yamaguchi
Naru Osaka (Molly).............................................Shino Kakihuma
“Eu não entendo por que sou uma princesa da Lua, por que devo lutar contra o Reino Escuro, por que eu? Por que eu? Eu quero continuar... continuar sendo uma garota igual às outras!”
(Sailor Moon)
“Alguém que ela ama desapareceu. Se eu estivesse no lugar dela... eu entendo como se sente.”
(Sailor Marte)
“Você vai mesmo lutar contra nós, Tuxedo Mask?”
(Sailor Mercúrio)
A saga de Naoko Takeushi prossegue com fascinantes detalhes psicológicos (especialmente a psicologia da heroína principal) e passagens profundas, mesmo alternando com infantilidades que contribuem para o charme da série, já que há quatro leituras possíveis da história: infantil, adolescente, adulta e mística.
É pungente, de cortar o coração, a cena inicial onde Serena (Usagi Tsukino, o nome Serena, colocado no Ocidente, remete a Selene, um dos nomes da mitológica princesa da Lua), adormecida em seu leito, de noite, sonha presa de angústia e fala dormindo, testemunhada apenas por sua gata falante lunar, Luna:
“Eu não entendo porque sou uma princesa da Lua, por que devo lutar contra o Negaverso, por que eu? Por que eu?”
“Eu quero continuar... continuar sendo uma garota igual às outras!”
A cena patética traduz bem o sofrimento íntimo de Sailor Moon. Descobrir que ela é a herdeira do Reino Lunar, que é uma princesa, que é a fiel depositária de uma arma divina (o cristal de prata), que tem de proteger o mundo e a humanidade, e que Mamoru é o Príncipe da Terra, Endymion, que fôra o seu noivo do mundo passado, nada disso a alegra, pois Mamoru desapareceu, sequestrado pelo Negaverso (Reino Escuro). Por outro lado, tendo antes sabido ser uma guerreira mística, e agora saber-se uma princesa vinda da Lua, tudo isso é demais para ela.
A sensibilidade de Usagi Tsukino, ao mesmo tempo frágil e poderosa, vulnerável e majestosa, é algo praticamente sem paralelo no mundo dos super-heróis, impensável em personagens como Batman, Homem de Ferro, Thor, Homem Aranha, Mulher Maravilha, Lanterna Verde e tantos outros. O universo dos super-heróis é, por via de regra, muito frio e violento para se permitir tais sutilezas. Somente algumas heroínas “shoujo” dos desenhos japoneses podem até certo ponto ser comparadas a Sailor Moon.
Neste episódio a situação se complica mais ainda. Após dominarem as funcionárias de um salão de beleza, onde Serena e Minako comparecem (numa tentativa de Sailor Vênus de tirar a amiga da depressão) a turma do Reino Escuro ataca — e o Tuxedo Mask aparece inesperadamente. Mas ele se identifica como Endymion, Comandante do Negaverso, e exige de Sailor Moon a entrega do cristal de prata. Acostumada a lutar com as “yumas” Sailor Moon não sabe o que fazer diante do homem a quem ela ama, e que sofreu uma lavagem cerebral, tornando-se agora um inimigo. Mas Sailor Vênus chamou as outras pelo comunicador e diante das cinco Endymion recua por um portal dimensional. Agora, Usagi Tsukino entende que precisa resgatar seu amor do poder do mal. A luta continuará...
Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2017.