As cabeças do dragão
AS CABEÇAS DO DRAGÃO
Miguel Carqueija
Resenha da animação de longa-metragem “O príncipe e o dragão de oito cabeças” (Wankapu ouji no orochi taiji). Toei Animation Studio, Tokyo, Japão, 1964. Produção executiva: Hirocho Okawa. Roteiro: Ishiro Ikeda e Takashi Ijima, com base nos “Nihon shoki” (Anais do Japão – 720 D.C.) e lendas chinesas. Direção: Yugo Serikawa. Direção de animação: Yajuji Mori. Música: Akira Ifukube. Supervisão de animação: Sanae Yamamoto. Supervisão: Koji Fukiya. Prêmio Noboru Ofuji, 1964.
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Exibido nos cinemas brasileiros nos anos 60, “O príncipe e o dragão de oito cabeças” é um bizarro exercício de fantasia em torno do lendário Príncipe Suzano, que acompanhado por um coelho falante (pois os animais falam) parte para uma arriscada viagem em busca de sua desaparecida mãe.
Apesar de mostrar coisas interessantes este desenho, que é tecnicamente tosco se comparado a animações japonesas anteriores (como “O menino mágico” e “Alakazam no reino mágico”), não tem pé nem cabeça e é mais digerível pelo público infantil.
Suzano é príncipe mas não se vê nada principesco na vida que leva com a mãe, o pai e animais da floresta. Ele é um menino poderoso,l capaz de bater no tigre. Quando sua mãe desaparece sem explicação (e o pai não ajuda muito, tampouco a aparição fantasmagórica da mãe) ele resolve construir um barco e singrar o oceano para descobri-la, primeiramente buscando seu irmão, depois sua irmã, que reinam em terras que ele nem conhece.
Por fim, após diversas vicissitudes e já agora acompanhado não só pelo coelho, mas por um sujeito humano e um cavalo voador, ele chega ao país onde, conforme o conhecido padrão, mora a donzela ameaçada pelo dragão. A diferença é que este dragão tem oito cabeças.
O duelo de Suzano, montado no pégaso, com o terível dragão, é o ponto alto da obra e muito bem desenvolvido apesar dos fracos recursos técnicos utilizados.
Uma boa diversão mesmo para os adultos que não se importam muito com o embasamento lógico da trama.
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.
AS CABEÇAS DO DRAGÃO
Miguel Carqueija
Resenha da animação de longa-metragem “O príncipe e o dragão de oito cabeças” (Wankapu ouji no orochi taiji). Toei Animation Studio, Tokyo, Japão, 1964. Produção executiva: Hirocho Okawa. Roteiro: Ishiro Ikeda e Takashi Ijima, com base nos “Nihon shoki” (Anais do Japão – 720 D.C.) e lendas chinesas. Direção: Yugo Serikawa. Direção de animação: Yajuji Mori. Música: Akira Ifukube. Supervisão de animação: Sanae Yamamoto. Supervisão: Koji Fukiya. Prêmio Noboru Ofuji, 1964.
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Exibido nos cinemas brasileiros nos anos 60, “O príncipe e o dragão de oito cabeças” é um bizarro exercício de fantasia em torno do lendário Príncipe Suzano, que acompanhado por um coelho falante (pois os animais falam) parte para uma arriscada viagem em busca de sua desaparecida mãe.
Apesar de mostrar coisas interessantes este desenho, que é tecnicamente tosco se comparado a animações japonesas anteriores (como “O menino mágico” e “Alakazam no reino mágico”), não tem pé nem cabeça e é mais digerível pelo público infantil.
Suzano é príncipe mas não se vê nada principesco na vida que leva com a mãe, o pai e animais da floresta. Ele é um menino poderoso,l capaz de bater no tigre. Quando sua mãe desaparece sem explicação (e o pai não ajuda muito, tampouco a aparição fantasmagórica da mãe) ele resolve construir um barco e singrar o oceano para descobri-la, primeiramente buscando seu irmão, depois sua irmã, que reinam em terras que ele nem conhece.
Por fim, após diversas vicissitudes e já agora acompanhado não só pelo coelho, mas por um sujeito humano e um cavalo voador, ele chega ao país onde, conforme o conhecido padrão, mora a donzela ameaçada pelo dragão. A diferença é que este dragão tem oito cabeças.
O duelo de Suzano, montado no pégaso, com o terível dragão, é o ponto alto da obra e muito bem desenvolvido apesar dos fracos recursos técnicos utilizados.
Uma boa diversão mesmo para os adultos que não se importam muito com o embasamento lógico da trama.
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.