Westworld

Não há como comentar sobre a obra, já que foi exibido apenas o primeiro episódio, porém o instigante e promissor é o tema: “do que é capaz o ser humano, se liberado de censuras”. Imaginemos um lugar – um parque de “diversões”- onde se pode tudo, todos os “desejos”, livre das proibições morais inseridas nos relacionamentos pelo fato de se lidar com robôs feitos pelo homem à sua imagem e semelhança. O detalhe é que, ao contrário da estória original, esta nova versão foi concebida pelo ponto de vista dos anfitriões e não dos visitantes. O que faz o telespectador torcer e sofrer pelos androides diante das estapafúrdias atitudes de seus abastados clientes, claro que eventualmente mesclado com os perigos à vida de se lidar com máquinas que, ao que parece, vão tomando consciência de sua natureza e insinuando discretas reações. O parque é um velho oeste e os anfitriões são em torno de 200 principais personagens robôs, entre xerife, cocheiros, bar mens, fazendeiros e todo tipo de habitante de um lugar do velho oeste, fabricados e preparados para atender aos mais variados tipos de visitante.  A direção é do Jonathan Nolan (irmão do Christopher Nolan – diretor do Batman) e produção de prestigiadíssimo J.J. Abrams (diretor de Star Wars) e ainda com os atores: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Raquel Wood, James Masrden e o “nosso” Rodrigo Santoro entre outros bons nomes. Os primeiros comentários, dizem que a série é tão ambiciosa que foge aos recursos normais de qualquer série feita para televisão. Enfim, é uma boa forma de se saber até onde as pessoas vão para realizar os seus desejos – seja esmagando robôs como na série, ou outras pessoas, como na vida, (ou ainda nos fazer refletir sobre nossa própria natureza - se seríamos parecidos com eles e não eles conosco). A produção é da HBO, que pretende ter outro produto tão ou melhor realizado que o seu também famoso Games of Thrones.