HIPÓCRATES
(Hippocrates: Diary of a French Doctor –
França -2015)
nair lúcia de britto
Mesmo nas comédias, o cinema francês tem sempre a preocupação de abordar um tema sério que leve o espectador à reflexão. Este filme dirigido por Thomas Liltes tem cenas dramáticas comuns de acontecerem num hospital; eu não o caracterizaria, portanto, como comédia.
A história começa com a chegada de Benjamin (Vicent Lacoste) a um Hospital onde ele estréia como médico; por influência do pai dele (Jacques Gamblin), que é médico e diretor da ala onde o estagiário vai trabalhar.
Sua primeira experiência na profissão o deixa abalado e sua autoconfiança comprometida. Mas ao conhecer Abdel (Reda Kaleb), médico residente, mais experiente, sente-se mais confortável. Abdel o apoia em situações complicadas e a relação dos dois torna-se um misto de amizade, uma bela parceria e solidariedade.
O filme mostra uma realidade dura na qual, geralmente, preferimos não pensar. Também aponta os conflitos emocionais de um jovem que decide abraçar essa profissão difícil e muito exigente. Além de uma vocação verdadeira, um médico deveria, além do conhecimento crescente, obedecer apenas a ética e o amor extremado ao próximo. Mas as circunstâncias exigem dele também muita paciência para encarar a falta de estrutura hospitalar; leis frias que às vezes faltam com a fraternidade. Paciência para lidar com um orçamento pequeno para os gastos necessários e a falta de leitos que leva o hospital apressar as vagas para os novos pacientes.
O filme mostra que ser médico é uma profissão muito árdua; tanto quanto necessária. Por isso ele merece ser mais valorizado; assim como toda a equipe que os acompanha.
E, sobretudo, mostra que as leis referentes a área médica precisam ser mais humanas para com os seus profissionais e seus pacientes. Que urge mais conscientização diante do devotamento médico; e mais amor e justiça para com o sofrimento humano.
Reda Kaleb ganhou o prêmio Cesar 2015, pelo seu desempenho como Abdel, o devotado médico-residente.
(Hippocrates: Diary of a French Doctor –
França -2015)
nair lúcia de britto
Mesmo nas comédias, o cinema francês tem sempre a preocupação de abordar um tema sério que leve o espectador à reflexão. Este filme dirigido por Thomas Liltes tem cenas dramáticas comuns de acontecerem num hospital; eu não o caracterizaria, portanto, como comédia.
A história começa com a chegada de Benjamin (Vicent Lacoste) a um Hospital onde ele estréia como médico; por influência do pai dele (Jacques Gamblin), que é médico e diretor da ala onde o estagiário vai trabalhar.
Sua primeira experiência na profissão o deixa abalado e sua autoconfiança comprometida. Mas ao conhecer Abdel (Reda Kaleb), médico residente, mais experiente, sente-se mais confortável. Abdel o apoia em situações complicadas e a relação dos dois torna-se um misto de amizade, uma bela parceria e solidariedade.
O filme mostra uma realidade dura na qual, geralmente, preferimos não pensar. Também aponta os conflitos emocionais de um jovem que decide abraçar essa profissão difícil e muito exigente. Além de uma vocação verdadeira, um médico deveria, além do conhecimento crescente, obedecer apenas a ética e o amor extremado ao próximo. Mas as circunstâncias exigem dele também muita paciência para encarar a falta de estrutura hospitalar; leis frias que às vezes faltam com a fraternidade. Paciência para lidar com um orçamento pequeno para os gastos necessários e a falta de leitos que leva o hospital apressar as vagas para os novos pacientes.
O filme mostra que ser médico é uma profissão muito árdua; tanto quanto necessária. Por isso ele merece ser mais valorizado; assim como toda a equipe que os acompanha.
E, sobretudo, mostra que as leis referentes a área médica precisam ser mais humanas para com os seus profissionais e seus pacientes. Que urge mais conscientização diante do devotamento médico; e mais amor e justiça para com o sofrimento humano.
Reda Kaleb ganhou o prêmio Cesar 2015, pelo seu desempenho como Abdel, o devotado médico-residente.