Resenha do Filme Uma Mente Brilhante
O filme Uma mente brilhante apresenta a história do matemático John Nash, cujas idéias influenciaram teorias econômicas, a biologia da evolução e dos jogos. John Nash se destacou como um brilhante matemático, inteligentíssimo, mas sofre de esquizofrenia. A história inicia com o ingresso de John na Universidade de Princenton, quando ganhou uma bolsa de estudo, em setembro de 1944. Ele não era uma pessoa sociável, tinha comportamento arrogante, criticava os trabalhos desenvolvidos pelos colegas de curso. Os estudantes sabiam que ele era muito inteligente, mas devido ao seu jeito estranho no trato com as pessoas, John era alvo de gozações. No início do curso conheceu seu colega de quarto Charles, que se tornaria seu melhor amigo. Considerando as aulas da universidade chatas, nada atrativas, uma perda de tempo, como costumava dizer: eram somente para decorar “tolas suposições de reles mortais”, Nash decidiu não mais freqüentá-las. E ambicioso, objetivando reconhecimento do meio científico, passou a buscar uma idéia original, que pudesse se destacar. Num bar conversando com outros estudantes teve a inspiração para a sua “idéia original” a Teoria de jogos não coorporativos, uma teoria que contradizia 150 anos do reinado de Adam Smith o pai da economia moderna. Esse fato fez com que ele conseguisse um trabalho de pesquisa no Laboratório do MIT. Logo após de se formar Nash foi trabalhar no Laboratório do MIT e lecionar na universidade, nessa época que conheceu Alicia, uma de suas alunas, com quem se casou. O filme é interessante! Ao mesmo tempo em que apresenta o grande talento e o envolvimento de Nash com a matemática, revela os sintomas da esquizofrenia e desdobramentos. Como sofria de esquizofrenia John vivia histórias paralelas, a vida real e as histórias criadas pela sua mente. Em seus delírios imaginava que fazia parte de uma operação secreta de Estado e que foi contratado por Willian, um importante militar do serviço secreto de seu país, para decifrar códigos no período da guerra fria. Acreditava conversar com esse agente e a receber missões para realizar. Com o passar do tempo, após envolver-se em algumas missões, John Nash fica cada vez mais paranóico e agitado achando que estava sendo perseguido. Esse comportamento deixa sua esposa Alicia muito preocupada. Certo dia ao ministrar uma palestra, John teve um ataque paranóico de perseguição e Alicia resolve interná-lo num hospital psiquiátrico. Ele é diagnosticado como esquizofrênico. A partir daí descobre que Charles seu amigo de quarto, a sobrinha de Charles, Marce, uma menina de mais ou menos 8 anos, que na sua imaginação conheceu, o agente Willian e as missões não eram reais, eram alucinações causadas pela esquizofrenia. John passa por vários tratamentos dentre eles o choque elétrico e recebe vários medicamentos durante um ano. Alicia acompanha todo tratamento, apoiando-o, ela foi uma grande companheira que estava ao seu lado ajudando-o. Após muito sofrimento, John finalmente se convence que essas pessoas que via e conversava eram alucinações, analisando racionalmente percebeu que os anos passaram e a menina nunca crescia. Num esforço pessoal muito grande decidiu lutar para curar-se e livrar-se das alucinações e num exercício constante da razão, John criou estratégias para evitar as alucinações e controlá-las. Sempre com o apoio de Alicia e como um meio de curar-se da esquizofrenia, John voltou à Universidade de Princenton, sendo recebido por um antigo amigo que o autorizou a freqüentar e retomar suas pesquisas. Essa oportunidade o ajudou muito e com o tempo John conseguiu controlar-se e demonstrar uma recuperação. Após alguns anos, John voltou a lecionar. E em 1994, ganhou o prêmio Nobel de Economia, o tão desejado reconhecimento, pela sua importantíssima contribuição em Teoria dos Jogos, que foi aplicada a diversas áreas.