A Quinta Onda - Análise SEM SPOILERS
A Quinta Onda nos vem com uma proposta que já ouvimos falar nesses últimos anos: Um fim do mundo onde os adolescentes são a salvação da humanidade... É repetido? Sim, Está na hora de parar? Isso só a bilheteria irá nos dizer, mas mesmo com uma ideia batida podemos ter bons filmes, Star Wars no fim do ano passado nos presenteou com uma carcaça do Episódio IV só que conseguiu mesclar coisas novas e nos deu um ótimo filme, assim como Creed e alguns outros que se aproveitam de uma base já solidificada pra tentar nos mostrar algo de novo, porém infelizmente não é o caso.
A premissa da história é que está havendo uma invasão alienígena e a cada onda de ataques acontece alguma coisa: Primeiro perde a eletricidade, depois vem catástrofes e assim por diante até que decidimos revidar, nós acompanhamos a jovem Cassie que após perder a mãe e se separar do irmão mais novo decide ir o resgatar. Os primeiros vinte minutos de filme é praticamente um retrospecto de como a vida era antes da invasão e como ficou durante, esses minutos criam um alicerce muito forte entre o espectador e a personagem principal, criamos um vínculo afetivo muito forte graças não só a direção consistente, mas também pelo carisma da Chloe Grace (que desaba em qualidade no meio do filme até o final).
Após esses minutos de retrospecto o filme acaba tendo duas tramas diferentes até o final, uma delas é a trama do Exército que está tentando revidar os ataques alienígenas e a outra é da Cassie indo em busca do irmão. A trama do exército é bem feita, o diretor evita planos abertos justamente pra dar uma sensação de claustrofobia, a trama é consistente ousa um pouco em nos apresentar um plot twist e termina de forma normal e satisfatória. O problema (o maior de todo filme adolescente) é o romance nada natural, Cassie acaba (por acaso) achando um cara lindo, barba feita, olhos claros e corpo musculoso no meio da floresta que decide salvá-la e protegê-la e sem nenhum motivo aparente acabam se apaixonando (parece que estou falando de Crepúsculo, mas é A Quinta Onde mesmo).
Por fim ficamos divididos entre ter gostado pelas boas cenas de ação e bons efeitos especiais ou detestado por novamente ver um romance forçado e sem sal diante da tela grande. Nota-se que esse romance além de sem sal é totalmente abusivo e machista. Triste.