PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN
O filme conta a história de Eva, uma mulher de sucesso profissional, ativa, alegre e que se casa com um cara muito legal. Porém, com uma gravidez não desejada e um tanto assustadora, nasce Kevin, o primeiro filho do casal.
A história conta em forma de flashbacks, sobre um massacre escolar praticado pelo jovem de 16 anos, mas o foco do tema é saber o que realmente levou o rapaz a praticar tamanha violência. Com lembranças da mãe do garoto sobre a gestação e criação do bebe, vemos ali a importância da decisão dos pais quanto à decisão de ter um filho.
Desde o início o telespectador percebe o quão despreparada é a personagem. Uma mulher talentosa em seu trabalho, em amar seu parceiro, porém sem o dom da maternidade. Logo na gestação o feto já sente a rejeição, e nos primeiros anos de Kevin, o garoto sente a antipatia da mãe, e nisso é gerado nele alguns “atrasos” na fala e até mesmo o fato de largar as fraudas e poder defecar sozinho. Isso mostra claramente uma dependência proposital da criança, até então muito astuta, que usa esse artifício para escravizar a mãe e puni-la indiretamente. Com isso, é gerado uma repulsa da mãe sobre a rejeição do filho, e no mesmo é afirmado a falta de empatia pela mãe.
Kevin, aparentemente gosta do pai, mas na verdade é só uma forma de fazer ciúmes na mãe, pois na verdade a criança não soube cultivar o amor dentro dela por falta de referencias amorosas dentro de casa, mesmo o pai sendo um tanto dedicado, mas era ausente por conta do trabalho corrido.
A situação ainda piora quando Kevin descobre que irá ganhar uma irmã, perdendo assim o seu posto de autoridade e atenção dentro de casa.
Por negligência da família em perceber os sinais e procurar ajuda psicológica, um monstro foi sendo cativado dentro de casa, e quando menos se espera, o ódio alimentado dentro daquele jovem é extravasado como forma de “prêmio” para sua mãe, matando assim alguns colegas, funcionários da escola, e seu pai e irmã. Kevin e sua mente doentia quiseram mais uma vez punir sua mãe pela falta de amor verdadeiro, e deixa claro para o telespectador o quão sério é a maternidade, pois na maioria das vezes um assassino não nasce assassino, ele se torna um.