RESENHA DO FILME: ESCRITORES DA LIBERDADE

OBS: Formatação simples não foi possível colocar na norma da ABNT.

O filme Escritores da Liberdade foi produzido por Richard Lagravenese , americano, cuja as atividades exercidas são amplas , como : roteirista ,diretor e ator. Este tem a idade de 54 anos , sendo também produtor de vários longas metragens , como : P S Eu Te Amo (2007),Dezesseis Luas (2013),A sogra (2005). Escritores da Liberdade é classificada como drama e sua ficha técnica é a seguinte;Direção: Richard Lagravenese. Produção: Richard Lagravenese. Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell, Freedom Writers. Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo; Jason Finn; Deance Wyatt. EUA/Alemanha, 2007. Duração: 123 min. Genero: Drama . A história desvelada neste filme conta o drama de uma educadora de nome Erin Grewell, que foi selecionada para trabalhar em uma escola em Los Angeles, e neste ambiente escolar eram visíveis a separação por grupos sociais , desigualdades, racismo,exclusão social , desemprego , desestrutura familiar, violência etc .A professora Erim G , foi colocada a ensinar uma turma considerada como problemática , a qual o próprio sistema os separavam dos outros, considerados como brilhantes ou mais inteligentes ,devido seus educadores não acreditarem no potencial daqueles alunos.

Os alunos daquela instituição estavam constantemente cercados de perigos, dentro ou fora da unidade escolar e envolvidos na criminalidade, e além de tudo eram excluídos por um sistema repleto de descaso de profissionais que não acreditavam na possível mudança do homem , através da educação.Então , Erim G , professora novata chega nesta instituição cheia de expectativas para ensinar a turma 203, porém de início não foi respeitada, pois ,a maneira dos alunos se portarem na sala era com rebeldia , que ao invés de voltarem a atenção para a professora , se viram e começam a conversar e ate mesmo se agredirem na sala de aula . Porém ,dias se passaram e ela não desistiu e começou a ganhar a confiança e respeito da turma, passou a realizar diálogos e questionamentos sobre a realidade que os cercava fazendo os refletirem. Entretanto, para sua surpresa a professora passou a enfrentar problemas com o corpo docente e direção daquela escola,que lhes negava até mesmo livros em perfeito estado para que a turma pudesse ler .Porém ela não desistiu, ate mesmo após o termino do seu casamento , ela continuou a acreditar no potencial daqueles adolescentes , começou a realizar trabalhos extras para poder arcar com seu próprio dinheiro os gastos com livros novos e passeios com a turma.

Ela tomou como pratica métodos que buscavam o diálogo , o conhecer, o refletir e o posicionamento critico dos alunos , como por exemplo quando os perguntava : “Vale a pena participar de gangues ? E após morrerem acham que vão ser lembrados por isso ? ”.Esta professora agiu de modo inovador e com amorosidade, fugindo dos padrões que cercava aquela instituição , onde os docentes desapaixonados levavam a sua pratica docente em puro bico em relação a sala 203, pois não tomavam a realidade do aluno para si , ou seja , não os acolhiam . Já a professora Erin Grewell os acolheu, pois compreendia que um professor deve acolher seus educandos no seu modo de ser, respeitando suas características e realidades.O que nos faz lembrar o que afirma Cipriano Luckesi : “O ato de acolher é amoroso traz ´´para dentro`´ , para, depois e só depois ,verificar as possibilidades de fazer alguma coisa’’. Para isso , e ela criou um projeto de leitura e escrita , iniciada com o livro Diário de Anne Frank , que contava a historia de uma adolescente que estava vivendo justamente em um dos contextos mais difíceis da história da humanidade , a segunda guerra mundial . A senhora Grewell conseguiu arrecadar verbas para que a mulher que refugiou Anne Frank viesse conversar com a turma , ela também estimulou os alunos a escreverem dando lhes um caderno, onde eles poderiam escrever sobre suas vidas . Ela conseguiu o resgate da autoconfiança e respeito mútuo de um educando para o outro, quebrou paradigmas conseguindo a mudança positiva na vida dos alunos que saíram da marginalidade e opressão.

Erin Grewell conseguiu mostrar aos alunos que impedimentos e situações de exclusão podem afetar a todos indiferentemente de cor , etnia ,raça e religião . Ela conseguiu até mesmo permissão para lecionar com esta turma nos demais anos. Este drama sem duvida coloca em evidência e de maneira magnífica nas ações da professora Erin Grewell , o que disse Paulo Freire “ Ninguém pode esta no mundo , com o mundo e com os outros de forma neutra .Não posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para inserção. que implica decisão , escolha e intervenção na realidade ”. Destarte, a educadora Grewell nos ensinou que realmente a mudança pode ser difícil , mas não impossível , este filme executa nitidamente o poder da transformação, que têm o conhecimento, como instrumento de libertação e conscientização ,e nos faz entender que a atividade de um educador realmente exige diversas competências , exige sim o bom senso , respeito a autonomia do educando , humildade , alegria, esperança, apreensão da realidade , curiosidade e amor , assim, como defende Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia .Então , diante da importância pedagógica explicita no filme, que mostra a vida em uma escola americana , cuja a realidade não esta distante das diferentes nações e a relevância de competências humanizadoras este filme serve de exemplo para todos.

Recomendamos aos educadores veteranos e aos futuros educadores , e a todos os estudantes do ensino médio a apreciação deste filme e também a todos que se interessam pela educação, para que este reforce que a educação tem poder transformador , onde um povo consciente é liberto do jugo da opressão e passa a ser um individuo critico , construtivo, reflexivo e modificador da sua realidade assim como diz o pensador: “O movimento para a liberdade deve surgir e partir dos próprios oprimidos, e a pedagogia decorrente será aquela que tem que ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Vê-se que não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas, que se disponha a transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de conscientização e politização. ”(FREIRE, 1987).

Debora Nascimento
Enviado por Debora Nascimento em 05/08/2015
Reeditado em 24/09/2015
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