EXODUS- DEUSES E REIS- O FILME E O TEMA
No antigo Egito uma surda guerra foi travada:
Foi um conflito entre uma espada e um cajado.
O Faraó potente tinha o apoio de uma armada,
E Moisés vidente tinha o Senhor como aliado.
Faraó, rei − tinha todo o poder da autoridade:
E na habilidade do seu forte exército confiava.
Moisés, o profeta − sua única arma, a verdade,
A palavra santa era a força que Deus lhe dava.
E foi esse poder que colocou o Egito de joelho,
Pois o exército daquele monarca tão arrogante,
Deus afogou nas frias águas do Mar Vermelho.
O que o Senhor disse a Moisés−assim foi feito:
Para que na terra não mais a tirania se levante,
Pondo força bruta no lugar que cabe ao Direito.
O mais novo filme de Ridley Scott, Êxodus é uma adaptação da conhecida história contada na Bíblia, que narra o conflito entre o israelita Moisés, o profeta, e o egípcio Ransés II, o faraó do Egito. A visão de Ridley Scott, que se notabilizou pela criação de cenários grandiosos, neste épico, não se afasta muito da narrativa bíblica, mas foca a questão do conflito entre as atitudes motivadas pela fé e as decisões movidas pela política de estado. Moisés é o profeta, o homem movido por uma fé inquebrantável, que luta para libertar seu povo de um regime de servidão. Sua força está na crença de que ele foi escolhido pelo único e verdadeiro Deus para cumprir essa missão. Do outro lado está o faraó Ransés II, historicamente reconhecido como o maior dos reis que existiu no Antigo Egito. Ele é um rei que crê na força do seu exército e na riqueza do seu reino, riqueza essa construída em cima do trabalho escravo. É nesse conflito que o filme está centrado. Uma comparação entre a versão de Ridley Scott e a de Cecil B de Mille (Os Dez Mandamentos, 1956) é inevitável. Cecil B de Mille era judeu e sua versão procura ressaltar, não só a personalidade de Moisés, mas principalmente a questão da liberdade, que no seu entender está chumbada á crença israelita em um único Deus e no propósito do povo de Israel em servir somente a ele, e não ao homem, malgrado o seu poder. Os Dez Mandamentos começa e termina com um discurso ressaltando o valor da liberdade. Já o filme de Ridley Scott busca ressaltar o conflito entre dois poderes: de um lado o poder do rei, centrado na política, na força, na organização, na riqueza. Do outro lado, o poder da fé, centrado na força do espirito humano que se acredita talhado para uma missão. Os filmes de Ridley Scott têm muito dessa mensagem,. Vide por exemplo os filmes Cruzada, onde o herói (Balian, personagem de Orlando Bloom) é guiado pela frase “que é o homem que não procura tornar melhor o lugar onde vive?) e Gladiador, cujo herói (o gladiador Maximus, interpretado por Russel Crowe), tudo faz pela crença de que os feitos do homem repercutem na eternidade.
No antigo Egito uma surda guerra foi travada:
Foi um conflito entre uma espada e um cajado.
O Faraó potente tinha o apoio de uma armada,
E Moisés vidente tinha o Senhor como aliado.
Faraó, rei − tinha todo o poder da autoridade:
E na habilidade do seu forte exército confiava.
Moisés, o profeta − sua única arma, a verdade,
A palavra santa era a força que Deus lhe dava.
E foi esse poder que colocou o Egito de joelho,
Pois o exército daquele monarca tão arrogante,
Deus afogou nas frias águas do Mar Vermelho.
O que o Senhor disse a Moisés−assim foi feito:
Para que na terra não mais a tirania se levante,
Pondo força bruta no lugar que cabe ao Direito.
O mais novo filme de Ridley Scott, Êxodus é uma adaptação da conhecida história contada na Bíblia, que narra o conflito entre o israelita Moisés, o profeta, e o egípcio Ransés II, o faraó do Egito. A visão de Ridley Scott, que se notabilizou pela criação de cenários grandiosos, neste épico, não se afasta muito da narrativa bíblica, mas foca a questão do conflito entre as atitudes motivadas pela fé e as decisões movidas pela política de estado. Moisés é o profeta, o homem movido por uma fé inquebrantável, que luta para libertar seu povo de um regime de servidão. Sua força está na crença de que ele foi escolhido pelo único e verdadeiro Deus para cumprir essa missão. Do outro lado está o faraó Ransés II, historicamente reconhecido como o maior dos reis que existiu no Antigo Egito. Ele é um rei que crê na força do seu exército e na riqueza do seu reino, riqueza essa construída em cima do trabalho escravo. É nesse conflito que o filme está centrado. Uma comparação entre a versão de Ridley Scott e a de Cecil B de Mille (Os Dez Mandamentos, 1956) é inevitável. Cecil B de Mille era judeu e sua versão procura ressaltar, não só a personalidade de Moisés, mas principalmente a questão da liberdade, que no seu entender está chumbada á crença israelita em um único Deus e no propósito do povo de Israel em servir somente a ele, e não ao homem, malgrado o seu poder. Os Dez Mandamentos começa e termina com um discurso ressaltando o valor da liberdade. Já o filme de Ridley Scott busca ressaltar o conflito entre dois poderes: de um lado o poder do rei, centrado na política, na força, na organização, na riqueza. Do outro lado, o poder da fé, centrado na força do espirito humano que se acredita talhado para uma missão. Os filmes de Ridley Scott têm muito dessa mensagem,. Vide por exemplo os filmes Cruzada, onde o herói (Balian, personagem de Orlando Bloom) é guiado pela frase “que é o homem que não procura tornar melhor o lugar onde vive?) e Gladiador, cujo herói (o gladiador Maximus, interpretado por Russel Crowe), tudo faz pela crença de que os feitos do homem repercutem na eternidade.