"Evolução Consciente" é a tese de que o universo inteiro está em evolução permanente e como dizia Theillard de Chardin, essa evolução toma uma etapa superior com a consciência humana que se une à consciência do universo e faz de todo o universo uma consciência viva e integrada. Há diversidades de enfoques. Uns acentuam que, até aqui, o ser humano desenvolveu apenas uma parte ínfima de suas potencialidades interiores, racionais e emocionais. E se trata de desenvolver. Outros pensam que o ser humano como tal já chegou ao ponto que podia e então temos de desenvolver robots e cyborgs inteligentes e capazes de emoção que nos ajudem na integração do universo.
O filme Lucy, nova produção de Luc Besson trata exatamente de um tema semelhante. Lucy é uma garota americana (a bela e sensual Scarlet) que em passagem por Hong-Kong se envolve sem querer com uma gang internacional de tráfico de drogas e colocam no intestino dela uma bolsa de uma nova droga que desenvolve artificialmente a inteligência. Por um acidente, essa bolsa se abre no intestino e ela adquire uma capacidade intelectual que nenhum outro ser humano atingiu. Nós comumente chegamos a desenvolver 10% da inteligência. Ela alcança progressivamente até 100%. É pena que o filme resvala entre a ficção ou parábola dessa visão futurista e, ao mesmo tempo, um estilo de filme de gangster com muita violência e muita gente morta no meio do caminho. Se o diretor Luc Besson, francês, não tivesse incorporado tanto o estilo norte-americano de filmar e o ritmo de Hollywood, talvez tivéssemos um filme que nos fizesse pensar nessa possibilidade com mais esperança. Do modo como o filme se desenvolve, tudo o que a gente quer é que os bons vençam e matem os vilões e a Cavalaria chegue tocando o clarim e acabe com os índios (no caso, os sempiternos orientais de plantão que é claro são os bandidos). É pena.