SEMPRE A SEU LADO
Escrito na manhã de 09 de abril de 2014
Republicação
Ofereço a Ana Bailune e a Lúcia Constantino
Todas as vezes em que assisto a SEMPRE A SEU LADO, choro, choro muito, principalmente por saber que a história, contada nesse filme dos Estados Unidos, de 2009, com Richard Gere como co-protagonista, é a transcrição de história real, ocorrida no Japão. Ontem, em 08 de abril, eu o assisti, novamente, na Sessão da Tarde da Rede Globo.
Certa ocasião, o senhor Parker, professor de música, voltando do trabalho, ao desembarcar do trem no qual viaja todos os dias, encontra na plataforma de embarque um cãozinho perdido. O olhar de ambos já nos diz que foi amor à primeira vista.
O professor leva o filhote para casa, onde o mantém, contra a vontade da esposa, enquanto espera por dono que o venha buscar, ao filhote. Apesar dos folhetos espalhados pela pequena cidade, ninguém aparece e o animalzinho acaba por ficar com a pequena família, composta também pela jovem filha do casal.
Conversando com um amigo japonês, o professor Parker fica sabendo que seu cãozinho pertence à raça Akita e que o símbolo em sua coleira, Hachi, é a transcrição, em japonês, do número 8, número com significado de “infinito” bem como de “boa sorte”. A partir daí, o filhote recebe o nome de Hachi.
Hachi cresce, torna-se um belíssimo cão. Todos os dias acompanha seu dono até a estação de trem, para o embarque do professor em direção à cidade onde dá aulas. Por volta das 17 horas lá está Hachi, aguardando a volta do amigo. Passam-se os tempos.
Certo dia, Hachi não quer ir à estação. Fica a dar voltas em torno de si mesmo, como ser preso de grande aflição. Nesse dia, o professor não volta de trem para casa. Em plena aula sofre ataque cardíaco fulminante.
A partir daí, o nobre cão torna-se ser errante; errante, mas, pontualmente, está na estação de trem, todos os dias, por volta das 17 horas, aguardando a volta de seu dono que não volta, que nunca mais voltará. Isso por nove anos, por longos nove anos.
É noite, Hachi, já velho, alquebrado pelo tempo e pela espera infrutífera, sob a neve se queda, de olhos fechados. Revê imagens do passado, ele jovem, com seu dono, o recíproco fundo afeto. A cena termina com a câmera se erguendo e nos erguendo o olhar ao céu, ao infinito, dizendo-nos da morte física de Hachi e, simbolicamente, nos sugerindo sua alma indo ao encontro da alma do bem-amado dono.
Não é esta a cena final. A cena final nos mostra o neto do professor caminhando com pequeno cãozinho, em direção a casa. A vida prossegue, no plano das almas, bem como no plano terrestre. A vida continua.
Na estação de trem, na pequena cidade japonesa onde, na primeira metade do século XX ocorreu a história real, há uma escultura do cão Hachiko, em homenagem perene à sua espera por nove anos. Cão que efetivamente existiu. Espera que efetivamente existiu, cuja evocação me faz chorar, muito... muito... todas as vezes em que assisto à sua história... Todas as vezes em que assisto à sua história...
Certa ocasião, o senhor Parker, professor de música, voltando do trabalho, ao desembarcar do trem no qual viaja todos os dias, encontra na plataforma de embarque um cãozinho perdido. O olhar de ambos já nos diz que foi amor à primeira vista.
O professor leva o filhote para casa, onde o mantém, contra a vontade da esposa, enquanto espera por dono que o venha buscar, ao filhote. Apesar dos folhetos espalhados pela pequena cidade, ninguém aparece e o animalzinho acaba por ficar com a pequena família, composta também pela jovem filha do casal.
Conversando com um amigo japonês, o professor Parker fica sabendo que seu cãozinho pertence à raça Akita e que o símbolo em sua coleira, Hachi, é a transcrição, em japonês, do número 8, número com significado de “infinito” bem como de “boa sorte”. A partir daí, o filhote recebe o nome de Hachi.
Hachi cresce, torna-se um belíssimo cão. Todos os dias acompanha seu dono até a estação de trem, para o embarque do professor em direção à cidade onde dá aulas. Por volta das 17 horas lá está Hachi, aguardando a volta do amigo. Passam-se os tempos.
Certo dia, Hachi não quer ir à estação. Fica a dar voltas em torno de si mesmo, como ser preso de grande aflição. Nesse dia, o professor não volta de trem para casa. Em plena aula sofre ataque cardíaco fulminante.
A partir daí, o nobre cão torna-se ser errante; errante, mas, pontualmente, está na estação de trem, todos os dias, por volta das 17 horas, aguardando a volta de seu dono que não volta, que nunca mais voltará. Isso por nove anos, por longos nove anos.
É noite, Hachi, já velho, alquebrado pelo tempo e pela espera infrutífera, sob a neve se queda, de olhos fechados. Revê imagens do passado, ele jovem, com seu dono, o recíproco fundo afeto. A cena termina com a câmera se erguendo e nos erguendo o olhar ao céu, ao infinito, dizendo-nos da morte física de Hachi e, simbolicamente, nos sugerindo sua alma indo ao encontro da alma do bem-amado dono.
Não é esta a cena final. A cena final nos mostra o neto do professor caminhando com pequeno cãozinho, em direção a casa. A vida prossegue, no plano das almas, bem como no plano terrestre. A vida continua.
Na estação de trem, na pequena cidade japonesa onde, na primeira metade do século XX ocorreu a história real, há uma escultura do cão Hachiko, em homenagem perene à sua espera por nove anos. Cão que efetivamente existiu. Espera que efetivamente existiu, cuja evocação me faz chorar, muito... muito... todas as vezes em que assisto à sua história... Todas as vezes em que assisto à sua história...