Mr.Holland- Adorável Professor ( uma inspiração ou a falsa postura de um educador?)

Ao assistir a história de um professor de música, cujo sonho era formar uma orquestra, nos deparamos com as barreiras impostas pela dificuldade financeira desse compositor, maestro, levando-o a lecionar. Que castigo! Desistir de seu sonho acalentado em favor de jovens sem perspectivas e interesse pela boa música clássica. Quando nos vemos em situações sobre as quais não entendemos o rumo do “jogo”, a tendência é sempre a pior escolha. A dele foi ensinar. Naquela situação, viu-se às voltas com a esposa que o apanhou de surpresa com uma gravidez. Atônito, não “digeriu” de pronto a novidade, pensou nas dificuldades de se ter um filho naquelas condições desfavoráveis. Pois bem, a criança nasceu, ele, claro, passaria todo seu conteúdo musical para seu sucessor. Porém, o destino o apanhou mais uma vez: seu filho era surdo.

Injustiça? Não. O mestre deveria tomar disso uma lição para a vida toda. Ele dedicava-se ao extremo em ajudar seus alunos a superar dificuldades de aprendizagem e baixa autoestima. Não percebeu que deixou sua família desprotegida. Errou, talvez, mas o professor sempre levará em conta seus outros “filhos” ao ouvi-los como um psicólogo, e dar-lhes a chance de insistirem em seus sonhos, de perceber que eram capazes de partir do desejo para a realização. Esse é um dos papéis do educador: estimular, apontar a direção certa, ao menos, fazê-los enxergar seu potencial.

E foi o caro Mr. Holland, deixando marcas na vida de seus estudantes. Colocou-os no compasso, colheu os frutos ao final da jornada, quando julgava ter sido tudo em vão. Jovens resgatados das situações mais desfavoráveis, sentimentos de rejeição, rebeldia... Ao deparar-se com a deficiência auditiva de seu filho, pagou por um ensino, na época caro, para poder se comunicar (sinais). Contudo, valeu o esforço: o jovem tornou-se um professor, passou a ensinar em escolas para deficientes auditivos. Quem o inspirou? Seu pai, seu mestre mais importante, seu exemplo de dedicação. Ele havia desistido de seu próprio sonho em favor dos outros (seus alunos). Então, ele se frustrou? Não. Ele recebeu da melhor maneira, o reconhecimento que jamais sonhara em receber: sua orquestra estava ali, diante de seus olhos, seus ex-alunos, juntos, numa grande homenagem. Suas histórias confundiam-se com a do velho, quase aposentado mestre. Seu coração faltava explodir de tanta felicidade!

Cada um pode formar seu conceito em relação a figura daquele educador. Sim, um educador pronto a estender sua mão, a ficar depois do horário ensinando a um aluno em dificuldade, de despertar dentro do mesmo, seu talento. Realmente, ser professor não é para qualquer pessoa. Exige, antes de tudo, paixão por sua missão.

MISSÃO DE EDUCAR PARA A VIDA!!