UM FILME FALADO
nair lúcia de britto
Rosa Maria é professora de História e resolve fazer um cruzeiro marítimo, pelo Mediterrâneo. Tinha curiosidade em conhecer as diversas civilizações, das quais sempre mencionava em suas aulas. A inteligente e curiosa menina, Maria Joana, sua filha, é quem a acompanha. Seus planos culminavam no encontro com o marido, ao final da viagem: em Bombaim, na Índia.
A pitoresca aventura proporciona as cenas de vários pontos turísticos, que fazem parte da história da nossa civilização:
Em Portugal, por entre o nevoeiro, vislumbra-se os monumentos do porto de Lisboa.
Em Marselha, a placa fixada no chão, documenta a chegada dos gregos àquela cidade, sete séculos antes de Cristo. As enormes pirâmedes construídas no antigo Egito, na África. A mais antiga Igreja de Santa Sofia, atual mesquita, em Istambul, na Turquia. As ruínas de Pompéia, antiga cidade do sul da Itália, que foi soterrada por uma erupção do Vesúvio, 79 d.C.
Como que para complementar o aprendizado educativo-cultural proporcinado por esse panorama, várias observações são colocadas através dos diálogos estabelecidos entre a professora e a filha.
Durante um jantar, no cruzeiro, ambas também estabelecem uma conversa inteligente com o comandante do navio, um americano de origem polaca: e mais três refinadas senhoras de nacionalidades diversas: uma francesa, outra italiana; e a terceira de origem grega. Cada uma delas fala no seu próprio edioma, mas todos se entendem. Maria Rosa se expressa em inglês, embora quase todo tempo do filme, fale o seu edioma de origem: o português.
Esse é outro aspecto interessante a observar: a pronúncia do edioma português, comparado ao português do Brasil, onde o sotaque da língua sofreu influência das raças negra e indígena.
O final surpreendente do filme é um alerta para que o mundo reflita e mude de atitude quanto ao uso da violência para sanar problemas políticos entre os países e rivalidades existentes. Pois, toda ação violenta, além das consequentes e tristes tragédias, só carrega consigo o panorama melancólico da destruição e o sacrifício absurdo e desumano de seres inocentes.
Como bem disse o comentarista Sérgio Domingues, é necessário que “a ação seja orientada pela sabedoria da fala, seja ela oriental ou ocidental”.
FICHA TÉCNICA
Título original: Um Filme Falado
Gênero: drama
Ano: 2003
País de origem: França, Itália, Portugal
Diretor: Manuel de Oliveira
Elenco:
Leonor Silveira
Filipa de Almeida
John Malkovich
Catherine Deneuve
Stephania Sandrelli
Irene Papas
nair lúcia de britto
Rosa Maria é professora de História e resolve fazer um cruzeiro marítimo, pelo Mediterrâneo. Tinha curiosidade em conhecer as diversas civilizações, das quais sempre mencionava em suas aulas. A inteligente e curiosa menina, Maria Joana, sua filha, é quem a acompanha. Seus planos culminavam no encontro com o marido, ao final da viagem: em Bombaim, na Índia.
A pitoresca aventura proporciona as cenas de vários pontos turísticos, que fazem parte da história da nossa civilização:
Em Portugal, por entre o nevoeiro, vislumbra-se os monumentos do porto de Lisboa.
Em Marselha, a placa fixada no chão, documenta a chegada dos gregos àquela cidade, sete séculos antes de Cristo. As enormes pirâmedes construídas no antigo Egito, na África. A mais antiga Igreja de Santa Sofia, atual mesquita, em Istambul, na Turquia. As ruínas de Pompéia, antiga cidade do sul da Itália, que foi soterrada por uma erupção do Vesúvio, 79 d.C.
Como que para complementar o aprendizado educativo-cultural proporcinado por esse panorama, várias observações são colocadas através dos diálogos estabelecidos entre a professora e a filha.
Durante um jantar, no cruzeiro, ambas também estabelecem uma conversa inteligente com o comandante do navio, um americano de origem polaca: e mais três refinadas senhoras de nacionalidades diversas: uma francesa, outra italiana; e a terceira de origem grega. Cada uma delas fala no seu próprio edioma, mas todos se entendem. Maria Rosa se expressa em inglês, embora quase todo tempo do filme, fale o seu edioma de origem: o português.
Esse é outro aspecto interessante a observar: a pronúncia do edioma português, comparado ao português do Brasil, onde o sotaque da língua sofreu influência das raças negra e indígena.
O final surpreendente do filme é um alerta para que o mundo reflita e mude de atitude quanto ao uso da violência para sanar problemas políticos entre os países e rivalidades existentes. Pois, toda ação violenta, além das consequentes e tristes tragédias, só carrega consigo o panorama melancólico da destruição e o sacrifício absurdo e desumano de seres inocentes.
Como bem disse o comentarista Sérgio Domingues, é necessário que “a ação seja orientada pela sabedoria da fala, seja ela oriental ou ocidental”.
FICHA TÉCNICA
Título original: Um Filme Falado
Gênero: drama
Ano: 2003
País de origem: França, Itália, Portugal
Diretor: Manuel de Oliveira
Elenco:
Leonor Silveira
Filipa de Almeida
John Malkovich
Catherine Deneuve
Stephania Sandrelli
Irene Papas