BATISMO DE SANGUE
(Brasil/ França, 2007)
Drama - 110 min.
Direção: Helvécio Ratton
Roteiro de Dani Patarra e Helvécio Ratton, baseado no livro "Batismo de Sangue", de Frei Betto.
Elenco: Caio Blat (Frei Tito), Daniel de Oliveira (Frei Betto), Cássio Gabus Mendes (Delegado Fleury), Ângelo Antônio (Frei Oswaldo Rezende),Léo Quintão (Frei Fernando de Brito), Odilon Esteves (Frei Ivo Lesbaupin), Marcélia Cartaxo (Nildes, irmã de Tito), Marku Ribas (Carlos Marighella), Murilo Grossi (Policial Raul Careca), Renato Parara (Policial Pudim), Jorge Emil (Prior dos dominicanos).
Sinopse: A sequência inicial do filme mostra o suicídio do frei Tito de Alencar Lima, em 1974, aos 28 anos. Desde que foi submetido à 3 dias de torturas pelos oficiais da ditadura militar não conseguia mais livrar-se das vozes de seus torturadores e da agonia profunda que vivenciou.
São Paulo, 1968. O convento dos frades dominicanos torna-se um posto de apoio logístico da resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos de fraternidade e defesa dos oprimidos, os freis Tito (estudante de filosofia), Betto (jornalista), Oswaldo, Fernando e Ivo passam a apoiar o grupo guerrilheiro ALN (Ação Libertadora Nacional), comandado por Carlos Marighella, codinome Professor Menezes. Os dominicanos também tentam ajudar a organizar um Congresso de Líderes Estudantis em um Sítio em Ibiúna, mas o evento acaba sendo descoberto. A pressão da "Segurança Nacional" sobre os frades aumenta cada vez mais e Oswaldo acaba indo para a França e Betto para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, de onde ajudaria alguns militantes a atravessarem a fronteira para fora do país. Após o sequestro de um embaixador americano, a repressão torna-se ainda mais violenta e um a um, os frades vão caindo, sendo levados para o recém-criado DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e submetidos às mais cruéis torturas (incluindo pau-de-arara e eletrochoques) sob a vigilância sádica do delegado Sérgio Paranhos Fleury, "o Papa".
Considerados terroristas e desamparados com a morte de Marighella (em 4 de novembro de 1969), Tito, Betto, Fernando e Ivo irão se reencontrar numa cadeia onde rezarão uma missa lembrando das "Bem-Aventuranças" e celebrarão a Santa Ceia com Q-Suco de Uva e Bolacha Maria.