A sensacional heroína Carrie Stetko

A SENSACIONAL HEROÍNA CARRIE STETKO
Miguel Carqueija

“Whiteout” (no Brasil: “Terror na Antártida”) — EUA/Canadá/França, 2009 — Dark Castle Entertainment. Produção executiva: Steve Richard, Don Carmody e Greg Rucka. Produção: Joel Silver, Susan Downey e David Gambino. Direção: Dominic Sena. Música: John Frizzell. Fotografia: Chris Soos, C. S. C. Roteiro: John Hoeber e Eric Hoeber, Chad Hayes e Carey W. Hayes. Com base na HQ de Greg Rucka e Steve Lieber publicada por Oni Press. Duração: 100 minutos.
Elenco: Kate Beckinsale (Carrie Stetko), Gabriel Macht (Robert Pryce), Tom Skerritt (Dr. John Fury), Columbus Short (Delfy), Alex O’ Loughil (Russell Haden), Shawn Doyle (Sam Murphy), Joel S. Keller (Jack), Jesse Todd (Rubin), Arthur Holden (Mc Guire), Erin Hickock (Rhonda).

Este é, sem dúvida, um dos melhores filmes policiais e de suspense que eu já assisti. Com uma narração primorosa e cenas eletrizantes, beneficia-se também de um sensacional efeito de fotografia, pois grande parte da ação se passa ao ar livre na Antártida, em meio ao fenômeno meteorológico conhecido como “whiteout” e que poderíamos traduzir como “neblina branca”. Em outras palavras, a neve erguida pelo vento, e que reduz a visibilidade quase a zero. Pois bem, é nesse ambiente escuro, gélido e confuso que a agente federal americana Carrie Stetko lutará pela vida ao enfrentar um terrível e misterioso assassino. O continente antártico foi abalado pelos primeiros crimes violentos ali registrados. Stetko, aos poucos, vai descobrindo a ligação do presente com o passado, com a tragédia que aconteceu 50 anos atrás.
Gostei muito da interpretação de Kate Beckinsale, que está soberba interpretando a heroína. Carrie Stetko impressiona pela sua presença enxuta, de uma agente da lei destemida, sóbria, honesta e incorruptível, que não hesita diante do cumprimento do dever, mesmo estando a par do risco mortal que corre.
O que também torna “Whiteout” um trabalho ímpar e exemplar é o insólito ambiente da trama, que perpassa angústia do princípio ao fim: da claustrofobia das bases, cobertas pelo gelo eterno, à implacabilidade da natureza em volta. Isso e mais a mesquinharia dos homens, que matam por simples riquezas materiais.
Desde o início, e apesar do alto preço que paga, Carrie Stetko segue uma linha reta, sem se desviar para a esquerda ou a direita, a linha reta seguida por sua consciência nobre e ilibada. Poucos filmes hoje em dia mostram heróis com tamanha dignidade, e o diretor Dominic Sena está realmente de parabéns pelo seu trabalho primoroso e profundamente ético.


(imagem do filme)
Miguel Carqueija
Enviado por Miguel Carqueija em 06/02/2014
Reeditado em 06/02/2014
Código do texto: T4680938
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