Os Intocáveis
Ontem, mais uma vez assisti o filme francês “Os Intocáveis” de Eric Toledano com François Cluzet, Omar Sy. Uma obra de arte e um dos melhores filmes que assisti nos últimos 5 anos. Sensibilidade é a palavra certa para conceituá-lo.
É a história de um aristocrata francês que fica tetraplégico e o seu encontro com um jovem negro que passa a ser o seu “cuidador”. Fantástico !
História baseada na vida real, onde os opostos se encontram e demonstram que a beleza da unicidade está na diversidade, na pluralidade, no antagonismo. É como na musica de Paul McCartney “Ebony and Ivory”.
É o encontro entre o negro e o branco, entre o pobre e o rico, entre o humilde e o altivo, entre o sonho e o pesadelo, entre a liberdade e a prisão, entre a comédia e a tragédia, entre o movimento e o estático, entre a esperança e a desesperança. Mas que, quando juntas, de mãos dadas, vencem barreiras, preconceitos, diferenças, divergências, arrogâncias, e todos os obstáculos que surgem pela frente.
Uma lição de vida, de amor, de solidariedade, de alteridade, onde fica claro que se preocupar com o “outro” é muito importante. Colocar-se na pele do “outro” nos capacita a entender o problema dos nossos semelhantes. E para alcançar tudo isto basta a simplicidade, nada mais ! Sem frescura, sem pose, sem hipocrisia, sem demagogia, sem pena e sem dó. Apenas respeito.
Sozinhos, talvez, eles não chegariam a lugar algum. Provavelmente continuariam batendo cabeça, cada um em seu quadrado. Mas a “vida” tratou de mostrar-lhes que ninguém é dono do seu destino e, de forma surpreendente, coloca os dois frente a frente para entenderem que a vitória só seria possível na unidade da diversidade. É como o imã : os opostos se atraem.
A vitória está em somar e multiplicar; a derrota está em diminuir e dividir. Não cabe a você “decidir” o seu destino. Isso é de competência transcendental.
Leandro Cunha
janeiro de 2.014.