RESENHA DO FILME: MADRE TERESA
Valtivio Vieira
Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Bacharel em Teologia, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância; Metodologia do Ensino Religioso e Pós-Graduando em Psicopedagogia Clínica e Institucional ambos pelo Centro Universitário Uninter – Curitiba – PR.
Curitiba - PR
2013
Introdução
Madre Teresa, mulher de fé, fundou a congregação das Missionárias da Caridade, que soube lutar pelos pobres nas ruas da cidade de Calcutá, na Índia.
Madre Teresa de Calcutá, como popularmente é conhecida, ajudava e atendia os doentes hindus que estavam agonizando nas ruas.
Madre Teresa nos ensina que a prática intensa do bem faz que o amor se fortaleça e consolide mais e mais no intimo de cada cristão.
O cristão, no Batismo, recebe a faculdade de amar com amor ágape, que é participação do amor de Deus derramado no coração do homem. Em conseqüência, ele ama a Deus como Bem Supremo por causa de Deus mesmo e ama ao próximo por causa de Deus.
FILME: MADRE TERESA
O Filme começa com várias pessoas caminhando, e posteriormente vem Madre Teresa, e observa uma mãe com uma criança nos braços sentada no chão, então Madre Teresa ajoelha-se, e faz carinho na criança. Calcutá, em 1946, que Madre Teresa viveu na Índia.
Madre Teresa está em seu convento, quando os hindus em conflito com a policia batem no portão do convento e Madre Teresa abre o portão, e os hindus entram com um homem ferido do qual prontamente Madre Teresa lhe atende.
Havia muitos conflitos entre muçulmanos e hindus, nem atos de caridade eram perdoados pelos muçulmanos realizados por hindus. A Índia estava se dividindo, havia muitas guerras civis, pois, a Índia queria sua independência da Inglaterra.
Uma irmã que estava no convento, diz a Madre Teresa, “você não poderia ter recolhido este homem hindu em nossa casa, os muçulmanos não irão aceitar quando descobrirem. Os muçulmanos vão nos acusar de ficar do lado dos hindus”. Madre Teresa lhe responde: “Eu faria tudo de novo se precisasse”.
Então a irmã responde a Madre Teresa: “Gestos como seu podem interferir na nossa presença aqui”.
Madre Teresa vai confessar com um padre, e o padre lhe diz: “Estou muito triste com sua partida, mas, se é isto que sua madre superiora deseja”.
Então, Madre Teresa vai até a estação de trem para partir, e observa várias pessoas sentadas no chão, pedindo esmolas entre elas adultos, idosos e crianças mendigam pela estação de trem.
Havia um homem doente deitado no chão, próximo ao trem do qual deveria embarcar para a sua viagem de partida, observando aquele homem ela na fila de embarque, volta para ajudar este homem.
E o homem disse a Madre Teresa: “Estou com sede”. E Madre Teresa acaba embarcando no trem e foi para outro lugar, chegando ao local que foi designada pela madre superiora, observa uma cruz com a imagem de Cristo, lembra do homem que lhe disse tenho sede, e faz analogia a Cristo, quando na cruz também diz tenho sede.
Madre Teresa voltou a Calcutá, para ajudar doentes e pobres, ela voltou sem dizer a ninguém.
Em Calcutá, observa uma mãe com uma criança doente com uma febre alta há dois dias, então, leva nos braços a criança, para ser atendida em um hospital local.
Madre Teresa, conversa com o padre, e lhe diz: “Morei vinte anos em Calcutá, e agora vejo que meu lugar não é dentro do convento, mas nas ruas de Calcutá, cuidando dos mais pobres com os pobres”.
O Padre Van Exen, vai conversar com o bispo, sobre Madre Teresa, e o bispo manda uma carta para Madre Teresa, dizendo que ela não poderá ser uma freira fora do convento. E a superiora de Madre Teresa, disse a ela: “porque não deixa de ser freira, e passe a viver como uma mulher comum”. Madre Teresa lhe responde: “nunca”, e continuou falando: “Jurei a Deus ser freira, e continuarei a ser freira pelo resto de minha vida”.
A madre superiora do convento, então, encaminha Madre Teresa para uma floresta onde irá aprender medicina e cuidar dos doentes.
A pedido do bispo, o Vaticano encaminha uma carta de retorno ao bispo, que posteriormente entrega esta carta a Madre Teresa autorizando que ela pudesse trabalhar nas ruas de Calcutá com os pobres.
Então, levou suas novas roupas que irá usar nas ruas, roupas azul para lembrar da cor da Virgem Maria e branco, da pureza, e o padre as benzeu.
Madre Teresa começa a ensinar o alfabeto as crianças debaixo de arvores. Também vai aos mercados, pedir sobras para os pobres.
Madre Teresa quer criar uma nova congregação às “Missionárias da Caridade”.
Por onde Madre Teresa passava e se deparava com um doente deitado na rua, ela ajudava, e chamava uma ambulância.
A Madre Teresa começa a arrumar um local pra os doentes das ruas para serem atendidos.
O desejo de Madre Teresa em sua congregação é reconhecer a face de Deus nas pessoas que sofrem. Dar esperança para quem já a perdeu.
Madre Teresa, disse ao responsável por aprovar sua congregação: “Eu sou apenas um lápis, nas mãos de Deus, mas é ele quem escreve”. Jesus dizia: “O que fizeste aos meus irmãos é a mim que o fizestes”.
A Congregação da Caridade é aprovada pelo Vaticano, e começam atender também os leprosos.
A congregação não era vista com bons olhos, pois, muitos diziam que Madre Teresa fez um marketing negativo da cidade de Calcutá, que lá somente havia miséria e pobreza, e que Madre Teresa se aproveitava da pobreza para batizar os hindus, ou seja, convertê-los ao cristianismo.
A congregação começa a se expandir pelo mundo, e constrói uma casa na Venezuela.
Todas obras que Madre Teresa realizava em Calcutá, vinham fiscais impedir as obras por falta de autorização e documentação. Mas, no fim o padre, ou o bispo sempre ajudavam a regularizar a situação.
No fim do filme Madre Teresa concilia a Oração de São Francisco, com a vivência que teve em Calcutá.
Considerações Finais
O amor ao próximo está muito ligado à justiça; uma esmola, em lugar do salário justo, dada a alguém a quem devo serviços prestados, não me desculpa do pecado; ama-se o próximo realmente, devo ser justo para com ele. A justiça é inseparável do amor ao próximo. Quem somente considera e pratica a justiça, pode vir a cometer suma injustiça; a justiça há de ser iluminada pela compreensão das necessidades intimas do próximo, que somente o amor sincero percebe.
Como estudante de Teologia, tenho a percepção em Madre Teresa, de que amor deve cada vez mais se arraigar dentro do cristão, penetrando sempre mais os seus atos meramente intrínsecos e também os extrínsecos (visíveis). A perfeição cristã consiste em fazer tudo por amor a Deus, de modo que o amor próprio desregrado e outras tendências desordenadas se extingam no cristão. No evangelho de São João está expresso: “Se Deus assim nos amou, devemos nós também amar-nos uns aos outros” (1Jo 4,11).
A esmola em nossos dias nem sempre é bem vista, pois, não resolve radicalmente o problema do pobre, pois, é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe. Todavia a esmola continua a ser indispensável em muitos casos, especialmente nos de necessidade extrema.
A sagrada escritura enfaticamente, afirmando, por exemplo, que; “quem faz caridade ao próximo empresta ao Senhor. Ele lhe dará a recompensa” (Pr 19,17).A esmola beneficia não somente a quem a recebe, mas também a quem a dá; ela propicia desprendimento ou liberdade interior; além do que a alegria do pobre redunda em felicidade do doador. São palavras do Senhor Jesus: “Há mais felicidade em dar do que em receber” (At 20, 35).
REFERENCIA
Filme: Madre Teresa.(Espanha/ Reino Unido/ Itália, 2003). Direção: Fabrizio Costa. DVD 180 min., Flashstar.