Estando no Rio como observador JMJ, querendo descansar um pouco, fomos ver o filme "Hannah Arendt", obra alemã da diretora Margareth von Trotta. O filme é todo centrado na época que a grande filósofa já está refugiada nos EUA e serve de correspondente para a revista New Yorker para comentar o julgamento do líder nazista Adolf Eichmann. O contato dela com o criminoso nazista que mandou milhões de pessoas para a morte a fez escrever sobre a banalidade do mal. Só o amor e a bondade são profundos e absolutos. O mal, não. O mal é banal e o pior mal é feito por quem não pensa e simplesmente faz, sem ter opinião própria e sem levar em conta as consequências. Quando interrogado sobre os crimes que praticou, Eichmann respondia apenas: eu cumpri ordens. Simplesmente obedeci (quando é claro não deveria jamais ter obedecido). A sociedade teve imensa dificuldade de compreender o pensamento de Hannah Arendt, mas hoje a gente se depara com essa banalidade do mal ou como diz um amigo nosso, com a normose que contamina tanta gente da sociedade atual, sem se dar conta de que sua omissão e indolência ou recusa de pensar pode provocar muito mal.