O Grande Gatsby (Resenha)
Apesar das críticas mornas, vale muito a pena conferir este filme principalmente pelo talento de Leonardo DiCaprio, disparado um dos melhores atores de sua geração. E ele realmente arrasa, com uma interpretação hipnótica e na medida certa. Aliás, todo o elenco está bastante afiado e dá vida a personagens bens construídos, inclusive o insosso do Tobey Maguire, que ainda não conseguiu perder aquela cara de bobo.
Como o texto de F. Scott Fitzgerald é difícil de se adaptar, Baz Luhrmann se valeu da linguagem do cinema para tal: enquanto o literato tem em sua escrita o seu elemento mais genial, o diretor narra essa história tão simples através da sofisticação, glamour e cenários gigantescos.
Exageradamente ousado e extravagante, tal advérbio parece a princípio dar à trama o vislumbre necessário para disfarçar argumentos vazios do roteiro. Lego engano, já que o longa cresce a cada momento e nos presenteia com cenas lindíssimas como o encontro entre Gatsby (DiCaprio) e Daisy (Carey Mulligan) , e a conversa decisiva entre os personagens centrais, que acarreta numa emocionante reviravolta.
Além disso, diálogos, efeitos especiais (o 3D não é de todo indispensável, embora seja bem aproveitado), direção de arte e trilha sonora são elementos que se destacam pela alta qualidade.
Grandioso e por vezes vagaroso, não é uma película para um público acostumado a produções de alta tensão ou ação infindável. É necessário paciência para poder degustá-lo da melhor forma possível. Só poderia ser mais curto, já que duas horas acabam tornando-o desgastante em alguns momentos.
Nota: 7,5.