Ambientado em angustiante cenário de conflitos no Oriente Médio, em meio  a sabida intolerância religiosa ali tão presente,  e as profundas desigualdades sociais e políticas que distinguem israelenses de palestinos  -  povos que vivem  tão próximos pela geografia, e  absolutamente distantes do convívio respeitoso, que se pressupõe existir em sociedade.

Imersos nesse cenário, somos apresentados ao enredo: dois jovens, Naim e Tal; Ele, palestino, morador de Gaza; Ela, judia-francesa, moradora de Jerusalém, cujo irmão serve ao exército de Israel.

Em respeito aos leitores que ainda assistirão ao longa, não farei minuciosa dissertação sobre o desenrolar da trama, contudo, devo dizer que trata-se de inspiradora história, repleta de possibilidades. Nela, o improvável e o impossível, definitivamente, não existem.

Como imaginar, em plena vigência dos fenômenos de  comunicação instantânea,  que uma garrafa lançada ao mar de Gaza pudesse encontrar seu improvável destino. E com ele, reeditar  comportamentos e materializar uma nova realidade... 

Prodigioso em sua proposta, o longa lança olhar predominantemente isento (a plenitude da isenção fica comprometida  em algumas narrativas,  conduzidas  pelo pensamento israelense) quanto as especificidades de cada povo, suas teses, crenças e contradições. Enfim, é um daqueles filmes para degustação reflexiva.;



 VALE A PENA CONFERIR !