Os Miseráveis, A revolução do amor.

O filme é dirigido por Tom Hooper, é uma adaptação de um musical visto por mais de 60 milhões de pessoas em 41 países, produzido pela Broadway e inspirado no romance Francês Os Miseráveis de 1862, clássica obra do escritor Victor Hugo. Em geral os filmes de Tom Hooper são alvos de muitas criticas, como sendo um diretor que se preocupa muito com a ‘’forma’’ dos filmes, mas pouco com o ‘’conteúdo’’, mas nos miseráveis toda a performance e a grandiosidade típicas do diretor caíram muito bem na minha opinião. Tive contato com a obra de Victor Hugo ainda a muito tempo e me encantei, por isso fiquei muito empolgada e não me preocupei muito com o diretor. Ouvi muitas críticas de amigos antes de ir eu mesma conferir a produção, não conheço muito de musicais, mas sei que usualmente eles não são gênero muito '’querido’’, na verdade a maioria das pessoas que eu conheço não gosta, além do típico comentário, ‘’o livro é melhor que o filme’’. Provavelmente seja mesmo, cada um que leu Victor Hugo ou que leu alguma das várias adaptações imaginou a história da sua forma do seu jeito, ir ao cinema ver uma adaptação é ir cheios de esperanças e expectativas. Além do mais a obra que serviu de inspiração para o musical e para o filme foi escrita por Victor Hugo que viveu no século XIX e o filme é uma produção áudio visual, adaptada de um musical, produzida no século XXI. É de se esperar mudanças e diferenças, tudo bem conheço adaptações que são um lixo, mas fica muito fácil dizer apenas que o livro é melhor.

De maneira bem leiga eu gostei do filme, ou melhor, não tenho muito contato com musicais, mas é incrível como a música dá outra intensidade às cenas. Assistindo a trechos de outras adaptações mais antigas eu percebi o quanto é diferente no sentindo emocional. Vale lembrar que nesse musical o diretor fez uso de algo diferente do usual. Em geral musicais são feitos com a música gravada em estúdios e depois os atores gravam a cena, só ai o áudio é sincronizado com a cena, ou seja, em geral os atores só dublam. No musical os miseráveis os atores tiveram a difícil tarefa de cantar ao vivo, o que é obvio deu muito mais liberdade para os atores, durante atuação, eles poderiam colocar um estilo na cena deixar a coisa ‘fluir’’. Eu descobri que eles contavam com uma ajudinha, um dispositivo no ouvido no qual eles escutavam o piano, e a parte instrumental da música, até mesmo pra ajudar a ‘’entrar no clima’’.

Sou emotiva mas não sou de chorar fácil com filmes, mas confesso que foi difícil me segurar em algumas cenas, nos momentos de maior emoção a câmera focava o rosto do ator, tudo muito intenso. Você sofre junto e consequentemente sente vontade de chorar junto. Todos os conflitos e emoção são bem trabalhados, atores que cantam simultaneamente, por exemplo, além dos figurinos e dos cenários.

Um dos problemas do filme-musical é que a obra do Victor Hugo tem mais de mil páginas, e o filme ficou com aproximadamente 3 horas, com praticamente todas as cenas cantadas, o que deixou a história muito rápida e o filme longo e cansativo.

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O ano é 1815 Jean ValJean (Hugh Jackman) é produto de uma sociedade desigual, uma ‘’sociedade miserável’’ na qual ele se vê obrigado a roubar um pão para garantir à sobrevivência do sobrinho e da irmã, ele acaba sendo punido pelo seu crime, vive por quatro anos na prisão executando trabalhos compulsórios. Tenta fugir por inúmeras vezes e isso aumenta sua pena, quando ele percebe viveu dezenove anos enclausurado, perdeu sua indenidade, Jean Val Jean já não existe mais, agora ele é o prisioneiro24601.

No filme a cena inicial já é na prisão, os prisioneiros trabalham enquanto cantam a Work song, logo de início eu percebi que os cenários seriam incríveis. Jean o ‘’escravo da lei’’ deixa a prisão após executar sua última tarefa que é recolher a bandeira da França, ele sai de lá sob as ameaças de Javert (Russell Crowe), o inspetor de polícia que ameaça, jura que Jean jamais se esquecera dele. Jean é colocado em liberdade, mas é obrigado a se apresentar periodicamente para que o governo mantenha vigilância, controle sobre ele. Há um documento, no qual ele é descrito como perigoso, uma forma autenticada e ‘’legítima’’ de comprovar sua periculosidade, aos poucos ele mesmo começa acreditar nisso, ou talvez os anos convivendo com a revolta, pagando por um crime relativamente ‘’injusto’’ tenham realmente transformado o caráter de Jean. Por onde ele vai não há lugar para recomeçar a vida, trabalho e abrigo lhe são negados.

Após vagar sem rumo um Bispo oferece abrigo e comida a Jean, e o convida a passar a noite lá, para se mantendo aquecido do frio. No meio da noite em um ato de desespero ou simplesmente em um ato de desvio de conduta, ele rouba a prataria da casa do Bispo, mas não vai muito longe logo é preso novamente e levado até a casa do Bispo para que lá se confirmasse o roubo e a prataria fosse devolvida. Chegando lá algo inesperado acontece, é o momento de reviravolta da vida do herói. O Bispo fingiu não ter sido roubado, mente para a polícia dizendo que a prataria foi um presente e não fruto de um roubo. A compaixão do Bispo mexe com Jean que tinha tudo para voltar novamente para o confinamento. É um momento em que ideais cristãos de perdão e generosidade são colocados como transformadores. E tudo é represtado simbolicamente quando o bispo entrega a Jean ainda na frente da polícia um par de castiçais de prata dizendo que era um presente que ele tinha esquecido. O herói de certa forma entra em crise, diante da benevolência da qual ele não estava acostumado, diante da compaixão, sentimento que lhe foi negado durante tanto tempo na prisão, em uma das cenas mais lindas do filme, (só perde para a cena em que Anne Hathaway canta I dreamed I dream, após vender os cabelos) Jean conversa com Deus, expõe suas angustias, sua vontade de mudar a sua vida, seu espanto diante a atitude do Bispo, que o chamou de irmão, disse que ele tinha alma, Jean se pergunta ’’como ele sabia que eu tinha alma?’. Então ele rasga o documento que o condenava, assumi nova identidade, mas ainda sim é um fugitivo da justiça. Os castiçais vão ‘’iluminar’ o novo caminho escolhido por Jean.

Oito anos se passaram Jean agora é Monsier Madeleine dono de uma fábrica e prefeito na cidade de Montreiul. Sua vida se cruza com a da Jovem Fantine (Anne Hathaway), uma moça que trabalha na fábrica, sofre assédios de um dos supervisores, mas não corresponde, sofre com intrigas ao ser descoberta como mãe solteira, e acaba sendo despedida. Fantine precisava muito do emprego, ela juntava dinheiro para enviar para a filha que ela deixou com um casal dono de uma estalagem, ela acreditava que a menina vivia doente e envia todo seu dinheiro para que fossem comprados os remédios. Ela pede clemência para Monsier Madeleine que a ignora e não faz anda para evitar que ela acabasse na rua.

Monsier Madeleine se reencontra com seu passado. Javert cruza seu caminho agora trabalhando como policial na cidade, em um momento em que Monsier Madeleine usa da benevolência e da força para salvar um homem de um acidente, Javert tem um relapso e se lembra do prisioneiro Jean Valjean. Javert arruma uma forma de testar Jean, anunciando que haveria uma audiência para julgar o fugitivo Jean Valjean, que na verdade é outra pessoa que seria condena o lugar de Jean. Javert ainda usa do cinismo, ao pedir perdão por ter desconfiado de que o prefeito era o fugitivo, tudo não passa de uma astúcia do Inspetor, para obter a confissão.

As cenas seguintes são de um intenso caráter psicológico; diante um espelho, propositalmente de um espelho, e diante também dos castiçais que recebera do Bispo no momento em que ele foi ‘’salvo’’ Jean se pergunta ‘How Am I?’’. Nosso herói está em meio ao conflito, viver sua vida e permitir que outra pessoa seja punida em seu lugar ou se entregar. Ele resolve se entregar. Fantine agora vivendo nas ruas, vende seus pertencesse ainda com objetivo de mandar todo dinheiro para a filha doente. No ápice do desespero ela vende os cabelos, os dentes e até a dignidade ao se tornar prostituta, vai definhando no sentido físico e social. Fantine também perde sua identidade diante tanto sofrimento. As cenas seguintes são dramáticas, o diretor explora o cenário de pobreza desoladora, e em meio à pobreza e velhas construções prostitutas sujas com as maquiagens borradas cantam Lovely ladies, enquanto Fantine vende sua juventude para salvar a filha, que na verdade não estava doente. I dreamded a Dream compõe a cena mais emocionante do filme.

Após se envolver em uma confusão com um cliente Fantine é pressa, já em situação deplorável e debilitada ela é salva pela por Jean que percebe que parte das desgraças da vida de Fantine foi sua culpa quando ele deixou que ela fosse despedida da fábrica. Ela é levada ao Hospital e lá Monsier Madeleine promete que irá salvar e cuidar da filha dela. Fantine morre tento delírios sonhando com a filha. Javert já tem certeza que Monsier é Javert a e vai trás dele ainda no hospital. Depois de longos anos ele e o prisioneiro 24601 se reencontram, eles travam uma luta, Jean agora se depara com um problema, tinha prometido salvar a filha de Fantine, então não poderia ser preso. Ele pede para Javert de certa forma confiar nele e deixa-lo ir por enquanto, tempo suficiente apenas para buscar a menina e após isso propõe se entregar, mas o inspetor sedento de fúria e vontade de colocar de vez às mãos no antigo fugitivo, não aceita, eles travam um combate e Jean consegue fugir. Em algumas versões Jean é preso e só depois de algum tempo foge para ir atrás de Cosette (Izabelle Allen), mas a obra é muito longa e foi preciso fazer adaptações, ainda sim o filme ficou muito longo.

Nosso herói vai atrás da menininha, que ao contrário do que imaginava não era doente, ela trabalhava de forma compulsória na casa dos Thenardiers no subúrbio de Paris. Eles são uma família de vigaristas, talvez na obra de Victor Hugo a intenção era apresentar os Thenardiers como maléficos sem escrúpulos, no filme eles aparecem assim, mas recebem uma conotação satírica e humorística compondo uma espécie de núcleo cômico, sem deixarem de serem vigaristas, achei interessante um momento de humor em meio a um drama tão intenso. Sr. e Sra. Thenardiers (Sacha Baron Cohen e Helena Boham) e a filha Eponine ,( da mesma idade que Cosette) obrigavam a filha de Fantine a trabalhar e ficavam com todo dinheiros que Fantine enviava. Enquanto isso a pobre garotinha sonhava com um lugar onde ela pudesse ser feliz longe dos Thenardiers, um lugar onde ela ‘’não tivesse tanto chão para varrer’’. Um dia Cosette é obrigada a ir ao bosque, um lugar que ela temia muito, para buscar água e lá Jean a encontra.

Jean vai até os Thenardiers, e com muita dificuldade consegue de certa forma comprar Cosette do casal. Daí em diante Cosette e Jean são obrigados a viver se escondendo de Javert. A relação entre os dois é de Pai e filha, Jean parece enfim encontrar um sentindo maior para sua existência, que é cuidar de Cosette como se fosse sua filha, mas ele esconde todo seu passado dela, segredos que só são revelados no final com a morte de Jean (já adiantando o final).

Os anos se passam e em 1832 Cosette é uma linda moça agora interpretada por Amanda Seyfried, e em Paris ela se apaixona por Marius Pontmercy, (Eddie Redmayne) um rapaz rico que resolve abandonar sua condição social para lutar aos lados dos pobres. Marius também era objeto de amor de Eponine (Samantha Barks) a filha dos Thenardiers, que perderam a estalagem e agora vivem nas ruas de Paris, em uma gangue cometendo furtos, e dando golpes. Jean se reencontra com Javert que ainda não desistiu de capturá-lo, e consegue fugir novamente. A vontade de Javert de capturar Jean é tão grande que ele chega a jurar sob um céu estrelado de Paris, (star) que não desistiria de cumprir essa tarefa. Marius apaixonado por Cosette pede ajuda para a própria Eponine para conseguir se encontrar com sua amada, Eponine apesar ou talvez justamente por amar tanto o rapaz, leva ele até Cosette e assiste de longe ao encontro. Eponine canta sua desilusão e sua tristeza diante o amor não correspondido ao mesmo tempo em que Cosette e Marius cantam o amor dos dois. Começa ai o maior medo de Jean, que é ‘’perder’’ Cosette.

O cerco se fecha, Javert descobre o esconderijo de Jean e Cosette, eles são obrigados a buscar outro lugar, resolvem partir pra Inglaterra, fugir novamente ‘’one day more’’.Eponine intercepta uma carta de despedida que Cosette deixa para Marius, nesse momento a filha dos Thenardiers percebe que o rapaz jamais vai ama-la, ela chora e cantando ‘’On my own’’ na chuva em uma cena belíssima, e que rendeu muitos elogios a atriz Samantha Barks interprete de Eponine. A moça não chega a desistir do seu amor, apesar da consciência de que esse sentimento jamais se realizará. O último ato de amor de dela por Marius é quando ela se disfarça de homem para lutar ao lado dele na barricada, ela salva a vida dele e acaba morrendo em seus braços, a tempo de entregar a ele a carta de Cosette.

No contexto político da obra temos a Revolução de Julho e a Revolta de Paris de 1832, após a morte do popular General Lamarque. Os personagens de maior destaque nesse momento é o audacioso garoto de Rua Gravoche (Daniel Huttlestone), além de Marius e Enjolras estudantes que lideram as barricadas. O inspetor Javert se disfarça e se infiltra no meio dos jovens revoltosos, para conseguir informações e acabar com o motim, mas ele é reconhecido, se não me falhe a memória, é próprio garoto Gravoche que desmascara o inspetor, então os estudantes o fazem refém.

A música aparece como elemento de coesão durante os levantes, ‘’Do you Hear the People sing?’, durante o funeral de Lamarque começa o tumulto, porém no momento em que os estudantes armam a barricada, os cidadãos de Paris não ficam do lado dos jovens Idealistas. Antes de fugir para Inglaterra Jean intercepta uma carta escrita por Marius e destinada a Cosette então Jean resolve ir atrás do rapaz, mesmo amando muito Cosette ele percebe que talvez seja melhor unir Marius e Cosette, visto que Javert estava cada vez mais próximo de captura-lo, talvez fosse melhor garantir a segurança da filha colocando-a sobre os cuidados do grande amor dela.

Jean chega até a barricada pede para falar com Marius, o rapaz que já se encontrava divido entre lutar ou ir atrás de seu amor agora fica ainda mais perturbado, lá também Jean encontra Javert como refém, é um momento crucial da História. Com certeza era chegado o momento da tão esperada vingança de Jean, os estudantes entregam Javert a Jean para que Jean o mate, e acho que era isso que a maioria das pessoas na sala de cinema esperavam, mas é claro assim como na obra, nosso herói teria ‘’algo maior para ensinar’’.

Estando sozinhos, Jean simplesmente corta as cordas que amarravam Javert que nesse momento já esperava morte certa, e o deixa ir embora, Javert vai, mas fica pasmo com a atitude, a compaixão e o perdão( que são as ideais centrais da obra reinam novamente). O confronto entre as tropas e os jovens acontece, a morte do garoto Gravoche é o símbolo do fracasso. No meio do conflito Jean consegue salvar Marius ferido, e ele foge novamente de Javert que insiste em persegui-lo. Jean carrega o jovem pelos esgotos onde o Thenardier pilha os cadáveres que morreram na batalha.

Javert encontra Jean novamente enquanto este ainda carregava Marius nos ombros, mas a partir dessa cena Javert começa a demonstrar uma ‘’fraqueza’’ o oficial exemplar defensor das leis a qualquer custo começa a vivenciar uma crise, desencadeada desde o momento em que se deparou com a compaixão de Jean, um sentimento até então estranho para ele, outra cena que indica essa mudança comportamental é o momento em que o inspetor caminha entre os corpos dos jovens mortos na barricada. Dentre os corpos dispostos no chão está o do garoto Gravoche. Javert se abaixa retira uma medalha dentre tantas que reluzem no seu impecável uniforme de oficial, e coloca a medalha na roupa surrada no garoto morto. No ultimo encontro entre Javert e Jean o inspetor tem chances de enfim capturar Jean, mas ele não faz, teria sido o despertar da bondade no Inspetor? Acredito que não, pois parece que a compaixão de Jean é uma afronta a Javert, o inspetor recebe a piedade de um prisioneiro que ele passou a vida toda perseguindo. É uma afronta ao orgulho de Javert e isso parece que se confirma, pois o inspetor comete suicídio. Estaria ai a diferente entre os personagens: ao se deparar com a piedade Jean transforma sua vida, passa a viver por Deus, pelo próximo se tornando um prefeito muito querido, caridoso, popular e depois dedicando a sua vida a promessa feita a Fantine, do outro lado Javert prefere a morte.

Enfim o longo filme caminha para o fim, parece que agora a paz vai reinar para Jean, mas agora ele tem a difícil missão de revelar tudo para Cosette, dizer a ela que ele é um ‘’ex-presidiário’’, contar também sobre a vida de Fantine mãe de Cosette. Jean chega a contar tudo para o Marius que agora já é noivo de Cosette, mas Jean não consegue dizer para a filha. Nas vésperas do casamento de Cosette vendo que enfim a filha estaria em segurança e feliz, ele vai embora para um convento um dos lugares no qual ele chegou a ser acolhido junto com Cosette em uma das suas inúmeras fugas. A jovem não aceita o pai ter ido embora sem aparente motivo e vai atrás dele. Ela o encontra, ele já está muito debilitado, apenas se despede da filha e de Marius, então Fantine aparece para busca-lo. A cena é uma das várias que te faz sentir vontade de chorar.

A cena final me lembrou muito uma peça de teatral, especificamente o fim de uma peça, quando todos os atores retornam ao palco para se despedir do público antes das cortinas se fecharem, a cena final do filme é assim, todas as personagens lá, inclusive Fantine e o garoto Gravoche, ( só não me lembro de ver o Javert) todos em meio a multidão alguns segurando bandeiras da França.

Conclusão.

Os miseráveis é inegavelmente um clássico, independente da obra em si ou do musical, somos encantados por algo escrito a tanto tempo, em uma sociedade que se quer é a nossa, talvez o sucesso se deva pelos temas e pela forma com que os temas são trabalhados. Temos a condição daquelas pessoas que vivem nas prisões, o que elas vivem lá e como e essas experiências mudam a ‘’mente’ desses indivíduos. Podemos pensar também nos temas da justiça e marginalidade. Há também a questão da mulher diante a pobreza, Fantine que vende tudo até sua saúde para cuidar da filha. Além de problemas de cunho político, problemas de ordem moral e ética e é claro a religião que me pareceu o mais marcante. O amor é a grande revolução da História, não só amor entre Cosette e Marius eu diria que esse é um amor secundário, o que importa mesmo é o amor ao próximo, um amor surpreendente capaz de transforma vidas. Os miseráveis tratam não apenas das mazelas matérias do homem, mas propõe pensar as misérias humanas de forma íntima, as misérias psicológicas e morais.

Adoraria saber a opinião de vcs a respeito do Filme.

Atenciosamente,

Dan Valentine
Enviado por Dan Valentine em 23/02/2013
Reeditado em 23/02/2013
Código do texto: T4155741
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