Nesse fds, fomos ver o filme que ganhou a palma de ouro do festival de Cannes 2012 e muito elogiado pela crítica. "Amor" de Michael Haneke. Foi quase um choque rever Emanuelle Rivas, aquela atriz belíssima do "Hiroshima, meu amor" (de Allan Resnais, 1961), agora com 80 e tantos anos. E Jean Luis Tristignant, galã de tantos filmes dos anos 60, também octogenário. Mas, é bonito ver como mesmo na velhice, o amor é maravilhoso e importante no caminho para o encontro definitivo.
O cinema da Casa de Cultura estava superlotado e com muitos jovens, muitos mesmos. E eu imaginava que essa história de um casal de anciãos lidando com Alzheimer e a preparação da morte não agradasse à juventude. Mas, tive a impressão de que todos gostaram e sairam do cinema comentando. Como é universal a beleza e como a obra de arte não tem idade. Por outro lado, saí pensando na solidão inexorável que, com a idade, torna mais aguda e crônica... Aí pensei nos casais que conheço nesse caminho da terceira ou quarta idade e na felicidade que é ao menos se poder contar um com o outro. Não comentei nada mas pensei no octogenário celibatário Bento XVI...