"As aventuras de Pi", a nova obra de Ang Lee que deu ao cinema mundial obras como "O tigre e o dragão", "Razão e Sensibilidade", além da "A montanha de Brokebake Mountain".
Dessa vez, a história de Pi, baseada em um romance canadense (até acusaram o autor de ter plagiado um romancista brasileiro Moacyr Sclair) foi transformado por Ang Lee em um filme magistral, uma obra prima do cinema mundial.
Há um conteúdo inter-religioso ou ecumênico no filme já que o rapaz em questão (Pi) se diz ao mesmo tempo hindu, cristão e muçulmano. E discute muito a questão de Deus. Acho isso interessante não em si mesmo mas para ajudar a quem vê o filme perceber que a aventura que vem depois é de certa forma um aprofundamento dessa mesma busca mística. Mas, em si mesmo, não é a questão religiosa que chama a atenção nesse filme. Mas a aventura de apego à vida, de luta para se salvar no mar revolto depois de um naufrágio. Isso não seria um símbolo da vida de todos nós, de um jeito ou de outro? É aí que o filme nos envolve e nos arrebata. As cenas no mar aberto, no mar calmo, no mar tempestuoso, nas tomadas a partir da profundidade do oceano... De outras, nas quais o mar e o céu se juntam e parecem uma coisa só e o corpo do jovem paira como um asteroide no universo.... A luta do rapaz que tem apenas um bote para escapar no mar aberto e dentro desse bote tem um tigre selvagem.. E ele tem de conviver com esse tigre... É simbólico.
Até hoje, eu luto com o meu tigre interior no mar que nem sempre é favorável. E nem ele me engole, nem eu o mato - ao contrário, como diz Pi, de certa forma ele acaba me ajudando porque me mantém acordado e vigilante no meio de tantos perigos...
Se puderem vê-lo não percam...
Dessa vez, a história de Pi, baseada em um romance canadense (até acusaram o autor de ter plagiado um romancista brasileiro Moacyr Sclair) foi transformado por Ang Lee em um filme magistral, uma obra prima do cinema mundial.
Há um conteúdo inter-religioso ou ecumênico no filme já que o rapaz em questão (Pi) se diz ao mesmo tempo hindu, cristão e muçulmano. E discute muito a questão de Deus. Acho isso interessante não em si mesmo mas para ajudar a quem vê o filme perceber que a aventura que vem depois é de certa forma um aprofundamento dessa mesma busca mística. Mas, em si mesmo, não é a questão religiosa que chama a atenção nesse filme. Mas a aventura de apego à vida, de luta para se salvar no mar revolto depois de um naufrágio. Isso não seria um símbolo da vida de todos nós, de um jeito ou de outro? É aí que o filme nos envolve e nos arrebata. As cenas no mar aberto, no mar calmo, no mar tempestuoso, nas tomadas a partir da profundidade do oceano... De outras, nas quais o mar e o céu se juntam e parecem uma coisa só e o corpo do jovem paira como um asteroide no universo.... A luta do rapaz que tem apenas um bote para escapar no mar aberto e dentro desse bote tem um tigre selvagem.. E ele tem de conviver com esse tigre... É simbólico.
Até hoje, eu luto com o meu tigre interior no mar que nem sempre é favorável. E nem ele me engole, nem eu o mato - ao contrário, como diz Pi, de certa forma ele acaba me ajudando porque me mantém acordado e vigilante no meio de tantos perigos...
Se puderem vê-lo não percam...