RESENHA
O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno), de Guilheremo Del Toro
Ano: 2006
Vencedor do Oscar de:
-Melhor direção de arte
-Melhor fotografia
-Melhor maquiagem
Com: Sergi López, Maribel Verdú, Ivana Baquero, Doug Jones, Ariadna Gil, Àlex Angulo
Escrito, produzido e dirigido por Guilhermo Del Toro
1944. A ditadura de Franco dilacera a Espanha. A realidade nua, dura e crua cai com todo o seu peso, sobre a menina Ofélia, que aos 13 anos de idade, muda-se com a mãe grávida para o interior. Lá, esta casa-se com o Capitão Vidal, do exército Franquista, um homem duro de coração, que impõe à mãe , filha e todos que o cercam, uma rígida disciplina e uma rotina de medo.
Na enorme casa velha, no meio de uma floresta, Ofélia convive com os empregados , que estão sempre amedrontados (alguns são colaboradores dos rebeldes e temem serem descobertos).
A mãe grávida adoece, e Ofélia se vê sozinha para enfrentar seus medos e ansiedades, em uma realidade difícil de suportar. E é neste momento que o filme toma um rumo diferente, onde a imaginação da menina ganha asas, e o telespectador perde o fio que separa o mágico do real. Será tudo imaginação da menina, uma maneira de fugir à sua triste rotina, ou será que o Fauno e as criaturas mágicas que convivem com ela são reais?
Confiar ou não no Fauno?
Em um mundo onde não se encaixa, no qual ela é maltratada ou ignorada, descobre-se como a princesa há muito perdida de um reino encantado. Ofélia enfrenta - e vence - vários monstros, um a um. Após a morte da mãe, tudo torna-se ainda mais insuportável, quando ela se encontra responsável em proteger seu irmão recém-nascido das garras venenosas de seu cruel pai.
O filme tem um desfecho chocante e surpreendente, que arranca lágrimas de quem assiste, deixando no ar um ponto de interrogação e asas à imaginação. Somente cada telespectador poderá decidir se as criaturas com quem a menina convive são reais ou não.
Um filme imperdível - e absolutamente inesquecível.