SIMPLESMENTE AMOR
SIMPLESMENTE AMOR - de 2003
A sinopse do site Adoro Cinema é bem isso mesmo que é o filme:
O novo Primeiro-Ministro da Inglaterra (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias, Natalie (Martine McCutcheon). Numa tentativa de curar seu coração, um escritor (Colin Firth) parte para o sul da França e lá acaba se apaixonando. Karen (Emma Thompson) desconfia que Harry (Alan Rickman), seu marido, a está traindo. Juliet (Keira Knightley), que se casou recentemente, desconfia dos olhares e intenções de Mark (Andrew Lincoln), o melhor amigo de seu marido. Sam (Thomas Sangster) tem por objetivo chamar a atenção da garota mais difícil da escola. Sarah (Laura Linney) enfim tem a grande chance de sair com Karl (Rodrigo Santoro), por quem mantém uma paixão silenciosa. Billy Mack (Bill Nighy) busca retomar sua carreira como astro do rock. A vida de todos estes personagens se entrelaçam e são modificadas pela presença do amor em suas vidas.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-44445/
Mas a sinopse apenas não diz tudo. O filme é um primor. Eu simplesmente adorei, e olhe que gosto de filmes de ficção cientifica, faroeste, suspense e ação. Em suma, eu gosto de filmes que tem enredo, história pra contar.
Simplesmente amor nos toca de cara por duas coisas, a primeira são as musicas, simplesmente belíssimas, escolhidas a dedo. Eu não resisti e além de baixar o filme, ainda baixei a trilha sonora. Uma das musicas é daquelas que você acaba de escutar e coloca de novo e de novo... A musica e a primeira pessoa que mais gostei do filme foi Bill Nighy, fazendo o papel de roqueiro velho, decadente, retomando a carreira, com uma musica magistral. Eu adorei essa musica, desde os primeiros acordes. Muito feliz a encontrei inteira no Youtube, ou melhor, encontrei o vídeo que o filme apenas acena, numa breve cena. A segunda pessoa que mais gostei no filme foi Hug Grant e por coincidência a terceira é o seu par romântico. A quarta pessoa foi Emma Thompson.
Isso num filme cheio de atuações breves, mas marcantes. O filme não é uma obra-prima, mas é gostosinho de se ver. Discorrendo sobre o amor, nos fala de vários tipos de amor: o amor que dá certo, o amor que não dá; o amor proibido, o amor escancarado, o amor sexo, o amor platônico, o amor infantil, o amor velho, o imaturo e o maduro. Cabe todo mundo ai.
Abaixo eu coloco, inteira a critica do CineClick, pois merece:
Existem filmes que a gente pode recomendar para todos os públicos, sem medo de errar. Para quem gosta de produções comerciais, para quem prefere alguma coisa mais inteligente, para homens, mulheres, jovens, velhos. São poucos os filmes assim, mas eles existem. E um deles é o delicioso Simplesmente Amor, mistura de drama, comédia e romance da excelente produtora britânica Working Title, a mesma dos deliciosos O Diário de Bridget Jones, Um Grande Garoto, Um Lugar Chamado Notting Hill e outras preciosidades que espelham a vida urbana da Inglaterra.
Depois de escrever os ótimos roteiros de O Diário de Bridget Jones, Um Lugar Chamado Notting Hill e Quatro Casamentos e um Funeral, entre outros, Richard Curtis decidiu estrear na direção no ousado projeto de Simplesmente Amor. Ousado porque o filme apresenta nada menos que 19 personagens - sem que nenhum deles seja exatamente o principal, nem exatamente o coadjuvante - em pequenas tramas que se esbarram e se tangenciam com sutileza britânica durante duas horas e 12 minutos de projeção. Nada modesto para um filme de estréia. Entre todas as histórias e personagens, somente um ponto em comum: o amor. De todos os tipos. Fraternal, passional, platônico, lacônico, sensual, físico, químico, biológico... São duas horas e 12 minutos de momentos que já podem ser considerados antológicos do romance cinematográfico.
Um viúvo supera a dor da morte de sua esposa ajudando o pequeno enteado a resolver seu problema de amor com uma menina do colégio. Uma mulher tem em sua cama, finalmente, a grande paixão de sua vida, mas se vê numa encruzilhada quando seu próprio irmão pede sua ajuda. Um homem decide que não existem barreiras lingüísticas para o amor e resolve conquistar sua amada, nem que para isso ele precise aprender um estranho idioma chamado... português. Um executivo casado é assediado pela própria secretária. E até o poderoso primeiro ministro da Inglaterra se vê em maus lençóis quando se apaixona por uma assistente que - por sua vez - será assediada por ninguém menos que o Presidente dos Estados Unidos. É, o amor é um vírus que não faz distinção de sexo, raça, idade ou classe social. São tantas as situações criadas pelo filme que descrevê-las seria - além de aborrecido - inútil. Simplesmente Amor é um filme para ser visto, e não lido. Mas visto com o coração aberto, e sensibilidade à flor da pele. É um filme terno, emotivo e emocionante, divertido e absolutamente apaixonante, na medida em que trabalha com situações simples do dia-a-dia de todos nós, mas que envolvem, ao mesmo tempo, a nossa mais complexa matéria prima: as emoções. Um filme sem um policial, sem um tiro, sem uma perseguição de automóveis, sem efeitos especiais e com muita paixão. Além de um elenco extraordinário que inclui Hugh Grant fazendo seu inesquecível papel de Hugh Grant, uma maravilhosa Emma Thompson, e até o nosso Rodrigo Santoro - extremamente fotogênico e bastante eficiente - agora sem as suas falas cortadas. Uma delícia (o filme...).
http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/simplesmente-amor/id/785
Você vê por ai que o CineClick foi ainda mais generoso com o filme do que eu, o critico diz que existem cenas antológicas do amor no cinema, nesse filme.
Apesar que está na cara que esse eu recomendo, eu tenho uma critica, bastante séria. O filme tem um casal de atores de filme pornô, e simulam cenas um pouco mais fortes. São uma três ou quatro, na minha opinião, totalmente desnecessárias. Essas cenas só enfeiaram um filme bonito de se ver. O casal de atores pornôs, ou estudantes, ou qualquer coisa assim, acabam se apaixonando, legal, ou melhor dizer, legalzinho. Os atores são legais, as cenas, totalmente desnecessárias. Eu senti uma apelação descarada ai, apesar de entender o que o diretor queria dizer, mas isso não quer dizer também, que devo gostar. Achei grosseiro. A palavra é desnecessário. Também não mostra nada demais, só não dá pra assistir com os filhos pequenos, ou com a mãe na sala. Isso vai umas três ou quatro cenas, depois da metade do filme não aparece nada mais picante e ai acho que o filme andou melhor.
É difícil descrever esse filme, sendo que falar não nos traz a sensação de vê-lo. Cinema é mais do que escrita, é a conjunção, num mesmo universo da musica, com o olhar de Hugh Grant, para a sua secretaria; é o menino que é ajudado pelo pai a dar seus primeiros passos no amor; é o amor do escritor pela sua empregada – gente, de onde saiu aquele mulherão? com uma empregada daquelas até eu que sou mais bobo.
Cara, baixa o filme, a trilha sonora, os vídeos no Youtube, baixa tudo, assista com bastante pipoca, não se esqueça de chamar a mina – faz até de conta que você é romântico, deixa que o filme se encarrega do clima. Agora me faça o favor, tem uma pessoa no filme, que na hora “H”, tocando o celular, ela atende. Desliga esse troço, please!
Esse, eu também recomendo.
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P. S.
Tem uma cena do Hugh Grant, onde ele diz pra si mesmo, mais ou menos assim: "Cara, você é o Primeiro Ministro, ela é a sua secretária." Nessa cena, a gente ve a cara de total angustia do cara, não dá pra não simpatizar na hora.