PODER SEM LIMITES
“Poder Sem Limites” é um filme de ação, a principio achamos que é um filme adolescente, mas depois, lá pela metade até o fim, notamos alguns toques muito mais sérios, e ai notamos que ter adolescentes à frente só acresce, mas se fosse possível os fatos poderiam ocorrer com qualquer um.
É interessante ver duas coisas, a principio. No filme nós ficamos seguindo a Andrew (Dane DeHaan), que comprou uma câmera e vai filmando tudo o que acha relevante e ai vamos descobrindo que o pai bate nele, os amigos da escola também e até desconhecidos o perseguem. O cara apanha, literalmente de todo mundo, e aparentemente sem motivo. Talvez as pessoas entendessem que ele era fraco e por isso lhe batiam. Na primeira parte o cara só apanha e até chora por isso. Me incomodei por causa disso. Mas esse apanhar constante, gravado na sua câmera é só uma preparação pelo que vai vir à frente.
Aliás esse é mais um filme com câmera. Depois de a Bruxa de Blair, que realmente me assustou, eu achava que não poderia vir um filme com câmera tão bom, pois vi alguns e “alguns” são muito ruins. Mas depois de achar que já vimos tudo, a câmera nesse filme literalmente voa, o que é interessantíssimo. Os pulos da câmera são outro atrativo à parte, pois corta algumas cenas que gostaríamos de ver e abrevia assuntos que já entendemos. É um bom recurso.
A história segue mais ou menos duas partes distintas, até a metade do filme temos Andrew que apanha, que é perseguido e que acaba encontrando dois amigos, que acabam encontrando um objeto alienígena, que lhes dá poder de mover as coisas, força e voar. Nessa primeira parte vemos adolescentes brincando com algo muito perigoso. Na segunda parte do filme o bom moço já vai se transformando até virar um monstro. Nós entendemos claramente o que lhe acontece, mas ainda assim, sabemos que aquilo vai levar um único fim inevitável.
E o grande lance do filme é a respeito do que faríamos se nos deparássemos com um poder, praticamente ilimitado, dado a nós? Os jovens se mostram, chamam a atenção, abusam do poder, fazem coisas bobas de adolescentes, até que se percebe que o poder pode levar a coisas mais fortes, vamos dizer assim, pra não denunciar muito o filme. É lógico que vai haver a vingança, que alguém vai usufruir de forma errada do poder, o que sabemos ser um clichê, mas um clichê muito bem elaborado.Os efeitos especiais do filme são fantásticos. Gostei demais dos caras voando entre as nuvens.
Enfim, “Poder sem limites” não é nenhum filme memorável e espetacular que vamos nos lembrar daqui a vinte anos, mas ele faz muito bem o seu papel de entreter. É curioso. Eu não consegui largar o filme enquanto ele não acabou; assistindo, queremos saber como vai acabar.
Enfim, eu gostei, portanto...
Esse, eu recomendo.
by
Paulo Sergio Larios