Violeta se fue a los cielos
de Andrés Wood
1h 50min
Talvez a moçada de hoje só conheça de Violeta Parra a canção imortal "Gracias à la vida" ou quem sabe a versão gravada pelo Milton Nascimento,ou Mercedes Soza de "Volver a los dezessiete"... A geração mais antiga, que viveu na época das ditaduras militares latino-americanas sabe a importância dessa grande cantora chilena, que além de cantora, pintora, tecelã-tapeceira, defendia idéias comunistas e tinha militância política definida. Por isso, esse filme quase desconhecido de Andrés Wood é muito bem vindo. A produção é chilena-argentina-brasileira e feita a partir de um livro de Angel Parra, filho de Violeta, ele também grande cantor. O filme é lindo, tem muita ação e nos faz sentir o sabor das canções mais conhecidas dessa maravilhosa compositora e intérprete em meio a uma história poética, humana e ao mesmo tempo trágica de uma pessoa de personalidade forte e genial, mas absolutamente marginalizada e sugada por todos. O filme não faz dela um mito e a mostra como ela era. Aliás, a atriz chilena que a interpreta (Francisca Gavillán) a encarna de tal forma, tanto nas expressões corporais, como na voz e no jeito que parece até mais um caso de possessão artística, como foi ver Marion Cotrillard encarnar Edith Piaf ou Daniel de Oliveira fazer Cazuza. O espectador sai do cinema cantando ou recordando na memória a força daquelas músicas. Tomara que o filme que está no circuito Rio - São Paulo passe também em nossas cidades. Se puderem, não percam que vão gostar. É um desses filmes com sabor de quero mais.
de Andrés Wood
1h 50min
Talvez a moçada de hoje só conheça de Violeta Parra a canção imortal "Gracias à la vida" ou quem sabe a versão gravada pelo Milton Nascimento,ou Mercedes Soza de "Volver a los dezessiete"... A geração mais antiga, que viveu na época das ditaduras militares latino-americanas sabe a importância dessa grande cantora chilena, que além de cantora, pintora, tecelã-tapeceira, defendia idéias comunistas e tinha militância política definida. Por isso, esse filme quase desconhecido de Andrés Wood é muito bem vindo. A produção é chilena-argentina-brasileira e feita a partir de um livro de Angel Parra, filho de Violeta, ele também grande cantor. O filme é lindo, tem muita ação e nos faz sentir o sabor das canções mais conhecidas dessa maravilhosa compositora e intérprete em meio a uma história poética, humana e ao mesmo tempo trágica de uma pessoa de personalidade forte e genial, mas absolutamente marginalizada e sugada por todos. O filme não faz dela um mito e a mostra como ela era. Aliás, a atriz chilena que a interpreta (Francisca Gavillán) a encarna de tal forma, tanto nas expressões corporais, como na voz e no jeito que parece até mais um caso de possessão artística, como foi ver Marion Cotrillard encarnar Edith Piaf ou Daniel de Oliveira fazer Cazuza. O espectador sai do cinema cantando ou recordando na memória a força daquelas músicas. Tomara que o filme que está no circuito Rio - São Paulo passe também em nossas cidades. Se puderem, não percam que vão gostar. É um desses filmes com sabor de quero mais.