MIB 3 - Homens de Preto 3 (Análise e Crítica)
Não sou fã carismático desta franquia. Na verdade, me lembro de pouquíssima coisa do primeiro filme (1997) e absolutamente nada do segundo (2002) – se é que eu realmente tenha visto – que, segundo as críticas, é bastante inferior ao primeiro. Na verdade, foi graças a elas, às críticas, lidas ontem, que decidi ir ao cinema e ver este novo capítulo da saga estrelada pelo sempre ótimo Will Smith e Tommy Lee Jones, respectivamente J e K. Avaliado sempre entre “bom” e “muito bom”, o longa tem tudo para ser mais um grande sucesso neste ano. Eis minha simples opinião.
Assim, esquecendo os irmãos mais velhos, pode-se dizer que o que temos de melhor em “Homens de Preto 3” é o seu time de atores. O versátil e talentoso Will Smith está perfeito no papel de um agente que necessita voltar 40 anos no tempo para salvar o seu parceiro, pois, caso contrário, a dupla nunca existirá. Isso se dá graças ao plano “maquiavélico” de Boris (Jemaine Clement), uma figura pra lá de estranha que deseja também salvar a sua raça da extinção.
Voltando no tempo, J consegue encontrar K, agora interpretado por Josh Brolin, e as divertidas situações acontecem. Aliás, essa mistura entre comédia e ação é uma das poucas coisas de que me lembro do primeiro “Homens de Preto”. E assim como há 15 anos, continua funcionando, embora a ação surja com menos intensidade. A trama conta uma história bastante simples, mas bem narrada, organizada e escrita. Daí a importância de um personagem como Griffin (Michael Stuhlbarg), um alienígena camarada cuja função é a de explicar, de forma descontraída e não didática, algumas lacunas que poderiam ficar abertas pelo próprio roteiro. É uma fórmula já usada, mas basicamente por causa disso pode cair na chatice, o que não aconteceu.
Concluindo o raciocínio anterior: a escolha de Brolin para interpretar o durão K mais jovem foi de uma jogada de mestre. Além de um “pastiche parodiado” de James Bond, é impressionante como os trejeitos que Jones deu ao personagem são bem copiados pelo ator, mas de forma tão natural que nos parece autêntico. Os diálogos e as piadas entre ele e Smith seguem na mesma agilidade, ora dando leveza ora dando certa apimentada.
Ademais, aos efeitos especiais compete o papel que lhe é destinado, o de não ser o chamariz da película. Embora bons e aproveitados pela tecnologia 3D, não se sobrepõem tanto, mostrando que fórmulas desgastadas podem sim ser muito bem utilizadas. Quanto ao desfecho, pode soar um pouco dramático para alguns, piegas talvez, porém não compromete em nada a produção, dependendo da forma como se analisa. Eu, inclusive, achei um dos melhores momentos do filme, bem emocionante.
O fato é que eu saí do cinema satisfeito com o que vi, grato pela surpresa de ter gastado meu tempo com um bom entretenimento, que agradará a qualquer tipo de público: desde aquele que se prende mais à ação e aos efeitos a também ao que gosta de apreciar o desenvolvimento do lado humano dos personagens e suas relações. Fiquei com vontade de (re)ver os outros dois. Quem sabe???
Nota: 7,5.