RESENHA CRÍTICA DO FILME: O NOME DA ROSA

VALTÍVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2011

1. INTRODUÇÃO

Muitas pessoas pensam que nos mosteiros da Idade Média, cada monge tinha uma vida de santidade, mas, muitas atrocidades eram cometidas, auto flagelação, punições severas e até morte dos revoltados com a Igreja Católica.

O problema desta resenha é, porque a Igreja Católica Apostólica Romana tinha o monopólio das bibliotecas? E porque os leigos não poderiam visitar as mesmas e fazer pesquisas?

Este trabalho foi elaborado sob o filme: O Nome da Rosa, baseado em fatos históricos, ocorridos em 1327, num mosteiro do Norte da Itália. O objetivo com este e mostrar que a Igreja Católica, tinha o receio que os leigos viessem ler os chamados livros profanos.

No referido trabalho consta à biografia do autor do filme, um breve resumo do filme, e a critica ao mesmo filme.

2. RESENHA CRÍTICA DO FILME: O NOME DA ROSA

O Diretor do filme O Nome da Rosa, é Jean – Jacques Annaud, que nasceu dia 01 de Outubro de 1943, em Draveil, é um cineasta francês. Também foi diretor do filme Sete Anos no Tibete (19997), e este filme lhe causou a proibição de entrar na China.

O filme demonstra várias mortes, que ocorreram em um mosteiro da Ordem dos Beneditinos na Itália, e todas as vítimas estavam com os dedos e a língua roxos. Neste mesmo mosteiro existia uma enorme biblioteca, mas, esta era restrita a alguns monges. Então, em 1327, é enviado para este mosteiro, para investigar as mortes, o Frade Franciscano, denominado Willian de Baskerville (representado pelo ator Sean Connery) e Adso von Melk (representado pelo ator Christian Slater), um noviço franciscano que o ajuda na investigação.

Tinha um labirinto que ligava a biblioteca e quem tinha o acesso a o final deste labirinto era morto. Os monges beneditinos deviam manter silêncio, e não deveriam falar o que pensam somente se interrogados e questionados, e não podiam rir, pois, o riso é do demônio, e realizavam autoflagelação pelos pecados cometidos.

Todas as mortes, os monges diziam que era obra do demônio, e eram sinais do Apocalipse.

Adso teve relação sexual no mosteiro como noviço, e ela a moça era considerada endemoniada. A visão que os monges beneditinos tinham da mulher e que a mulher se apodera da alma do homem e que mais amarga que a morte é a mulher.

A duvida era considerada inimiga da fé. Quem contestava o veredicto de um inquisitor era considerado herege. A idéia da inquisição era combater os céticos e os infiéis.

O Monge Salvatore foi visto juntamente, com a moça considera endemoniada, fazendo rituais de magia, ou seja, considerado bruxaria. Então o inquisitor Bernardo Gui, vem para interrogar Salvatore e o manda torturar, e o manda para a fogueira junto com a moça, e Bernardo Gui, também o considera culpado pelos crimes ocorridos no mosteiro.

Ao final, Willian de Baskerville, então descobre que o culpado pelas mortes, é um monge idoso, que não queria que os outros monges, tivessem acesso a biblioteca, principalmente não observassem as obras de Aristóteles. E o mosteiro é incendiado e os inquisitores fogem e não executam na fogueira a moça endemoniada.

Conclui-se, que a Igreja Católica Apostólica Romana, foi uma das instituições que era contra a democratização do conhecimento, pois, a mesma instituição religiosa, tinha em suas mãos o acesso a livros com suas enormes bibliotecas, mas, que não era aberta à população, hoje conhecidos com fieis ou leigos católicos.

A critica do filme, refere-se à postura da Igreja Católica em perseguir, Willian de Baskerville, pelo fato, do mesmo trazer o conhecimento da verdade do estava ocorrendo no mosteiro aos outros monges e poder “perverte-los”. Para que tem fé em Deus, não se deixa iludir por qualquer argumento, somente tem medo de perdê-la que não está seguro nela.

Se somente Deus tem o poder de julgar e punir as pessoas, que autoridade tinha a igreja, para condenar o monge Salvatore e moça “endemoniada”, há serem condenados à fogueira?.

3. CONCLUSÃO

A Igreja Católica, através dos mosteiros, tinha enormes bibliotecas, mas, não eram acessíveis para os demais leigos. A Igreja queria passar sua visão de mundo e de homem, para as outras pessoas, e tinham receio que determinadas pessoas pudessem ler livros e mudar as suas mentalidades. Além, também de que a maioria da população era analfabeta, e povo mal instruído e mais fácil de dominar e mudar a mentalidade.

Os chamados livros profanos, que os monges denominavam e que eram proibidos de serem lidos, geralmente eram de filósofos e autores que criticam certas atitudes da igreja ou não aceitavam alguns de seus dogmas.

A Igreja, perseguia e matava inúmeras pessoas por elas serem consideradas hereges, ou seja, as pessoas não tinham liberdade de expressão religiosa. Esta instituição religiosa tinha tanto receio que as idéias das pessoas pudessem influenciar a vida das pessoas, que queimavam livros ditos profanos, levam-se pessoas para a fogueira para serem queimados vivos.

Para que tem uma fé sólida e viva, jamais irá deixar se influenciar por pensamentos contrários aos seus, mas, irá defender a sua fé, irá fazer apologia da sua fé cristã.

REFERÊNCIA:

O NOME DA ROSA, Jean – Jacques Annaud. São Paulo: Globo Filmes e Produções, (s.d). 1DVD (114min), widescreen, color.

Valtivio Vieira
Enviado por Valtivio Vieira em 21/05/2012
Código do texto: T3679824
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