RESENHA CRÍTICA DO FILME: GIORDANO BRUNO
VALTÍVIO VIEIRA
Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.
SÃO BENTO DO SUL - SC
2010
1. INTRODUÇÃO
A Inquisição promovida pela Igreja Católica Apostólica Romana, perseguia e matava inúmeras pessoas por elas serem consideradas bruxas e hereges.
O problema desta resenha é se na Idade Média e no começo da Idade Moderna, o tema do Livre-Arbítrio, era tão discutido e debatido, pode-se pensar se realmente as pessoas tinham a liberdade para não aceitarem o que a igreja pregava? Podiam criticar as idéias dogmáticas da igreja católica?
Este trabalho foi elaborado sob o filme: Giordano Bruno, baseado em fatos históricos ocorridos em 1600, na Itália.
O objetivo com este e mostrar o que acontecia com uma pessoa que rejeitasse, duvidasse e criticasse alguma doutrina católica e demonstrar a importância da filosofia, para se ter conhecimento e esclarecimento e lógica dos fatos históricos.
No referido trabalho consta a biografia do autor do filme, um breve resumo do filme, a crítica ao filme e a atuação do personagem principal do filme.
2. RESENHA CRÍTICA DO FILME: GIORDANO BRUNO
O Diretor do filme Giordano Bruno, é Giuliano Montaldo, que nasceu em 22 de Fevereiro de 1930, em Génova, sendo este um cineasta italiano. O Filme é de 1973.
O Personagem principal do filme, no caso Giordano Bruno (1548 – 1600) interpretado pelo ator Gian Maria Volonté, foi filósofo, teólogo, matemático e astrônomo e foi um dos pioneiros da ciência moderna.
Giordano nasceu em Nola, na Itália, seu nome de batismo era Filippo, e teve o nome Giordano quando estava na Ordem dos Dominicanos, em Nápoles, em 1566, sendo esta congregação cristã católica, e acabou sendo expulso, pois, suas idéias não eram aceitas pelo dogmatismo católico. E passou pelo mundo ensinando filosofia e a arte da memória.
Admitia Giordano, que acima de um deus, que é a alma do mundo, tinha um deus que transcende a tudo e a todos e que somente pode ser buscado pela fé. O personagem principal do filme queria que houvesse a união entre os cristãos protestantes e católicos e lutava pela liberdade de pensamento e pela tolerância religiosa.
Foi acusado por heresia quando duvidou da Santíssima Trindade. Defendia que o universo era infinito e a igreja católica defendia a teoria geocêntrica, que a terra era o centro do universo, pois, os homens vivem nela e Deus teria um olhar especial para com ela.
Giordano é sem duvida, o pioneiro da filosofia moderna. Também defendia o panteísmo, que considerava que Deus está em tudo o que existe na natureza. Para ele, Deus seria uma força criadora que formou e que forma o mundo e que estaria imanente ao mundo, longe da idéia de um Deus único e exterior ao homem do catolicismo.
Então, Giordano foi perseguido pela “Santa Inquisição” de Veneza, e não se retratou diante de Roma, e foi condenado a ser queimado vivo em uma fogueira em 1600, em Roma.
Conclui-se, que a Igreja Católica Apostólica Romana, é uma das maiores defensoras do livre-arbítrio, na teoria, pois, na prática no final da Idade Média e inicio da Idade Moderna, ou melhor, no tempo de Giordano Bruno, não se tinha liberdade, nem para criticar, duvidar e perguntar assuntos de interesses da igreja.
A critica do filme, refere-se à postura da Igreja Católica em perseguir e matar Giordano, por ele, simplesmente não concordar com as idéias dogmáticas da igreja. Se somente Deus tem o poder de julgar e punir as pessoas, que autoridade tinha a igreja, para condenar e matar Giordano Bruno. A autoridade papal, não era o representante de Deus na terra, era o próprio Deus, o que Roma dizia, se abaixava a cabeça e aceitava-se, pois, senão era julgado pelo Tribunal da “Santa Inquisição”, e mesmo se retratando e se arrependendo a morte em praça pública na fogueira era um destino certo.
3. CONCLUSÃO
A Igreja Católica Apostólica Romana, perseguia e matava inúmeras pessoas por elas serem consideradas bruxas e hereges, ou seja, as pessoas não tinham liberdade de expressão religiosa. A Igreja tinha tanto receio que as idéias das pessoas pudessem influenciar a vida das pessoas, que queimavam livros ditos profanos, levam-se pessoas para a fogueira para serem queimados vivos.
O objetivo desta resenha foi de mostrar o que acontecia com uma pessoa que rejeitasse, duvidasse e criticasse, alguma doutrina católica e demonstrar a importância da filosofia, para se ter conhecimento e esclarecimento e lógica dos fatos históricos.
Giordano Bruno é considerado o pioneiro da Filosofia Moderna, pode-se dizer que é mais um mártir da filosofia, assim como foi Sócrates. E percebe-se que Giordano é uma influência muito grande para o Iluminismo, na luta por liberdade, principalmente religiosa.
REFERÊNCIA:
GIORDANO BRUNO, Giuliano Montaldo. Paris: Versátil Home Vídeo, (s.d). 1DVD(115min), widescreen, color.