Inconscientes (Inconscientes - 2004 - Joaquín Oristrell)
Inconscientes
Taí um belo exemplar do cinema espanhol. Divertido na sua estrutura que dividindo os capítulos e apresentando-os como uma moldura torna os pedaços distintamente contundentes para a obra, colocando-os em seus lugares.
Muito interessante também é o trabalho que é feito com a distribuição das idéias, métodos e “novidades” da psicologia. Já que o filme se passa na época em que Freud ainda vivia, as idéias eram novas e frescas.
A direção consegue manter o filme o tempo todo no alto, nunca cansando ou criando confusões desnecessárias. Com um plot que mistura o desenvolvimento e exposição das idéias freudianas e um mistério a ser desvendado as cenas e a história vai-se desenvolvendo de forma fluida e bem feita.
As atuações são muito boas e vale a pena reparar nos trejeitos de Leonor Watling fazendo uma incisiva e divertida Alma enquanto Luis Tosar rouba cada cena que aparece como um conturbado Salvador que lida com sentimentos distintos internamente e tem que lidar com as situações que lhe são impostas.
Com um final que faz jus ao mérito de todo o filme Inconscientes é algo para ser degustado, duas vezes no mínimo. Devido às nuances da trama e suas idéias, já que cada parte citada da obra de Freud se interliga com a seqüência filmada.
Vale a pena ser visto e revisto!