Planeta dos Macacos - A Origem

Talvez o melhor filme da franquia desde o original. E isso não é exagero, o prequel de Planeta dos Macacos tem umas das melhores historias de 2011, e é esse o foco do filme, quem esperou um blockbuster repleto de cenas de ação dançou. Na historia o cientista vivido por James Franco tenta descobrir a cura para o mal de Alzheimer e acaba fazendo uma droga que, injetada em chimpanzés de laboratório, desenvolveu alto grau de inteligência nos símios.

Os atores estão bons, nem ótimos e nem ruins. James Franco consegue segurar o filme até a metade com seu carisma, enquanto o foco não é totalmente em Cesar. John Lithgow que vive o pai também tem seus momentos, Tom Felton faz mais um vilão, e depois de 8 filmes de Harry Potter ele sabe fazer isso muito bem e Freida Pinto não atua mal, mas está ali apenas pra emprestar sua beleza indiana ao filme. Mas o filme não é deles, nunca foi, o personagem principal é o macaco Cesar vivido por técnica de captura por Andy Serkis, que merecia uma indicação ao Oscar no minimo como ator coadjuvante, coisa que ele não é. O ator já demostrou competência antes quando fez o Gollum do Senhor dos Anéis e aqui faz uma assombrosa atuação como o macaco César.

Os efeitos são fantásticos e impressionantes e muitas vezes você fica se perguntando se é mesmo que não usaram nenhum macaco no filme, nem mesmo os de fundo. Mas não, são todos criados em computador, desde o gorilão até o feio macaco da cicatriz. Para um filme focado em bichos não foi necessário a frase "Nenhum animal foi ferido neste filme" ao fim da projeção.

A ultima sequência do filme é onde o bicho pega literalmente, César faz jus ao nome que foi dado e faz um ataque a ponte todo estratégico e com táticas de guerra e disposição do exército dignas do Imperados Romano. É a grande cena de ação e achei megalomaníaca demais, o filme foi comedido o tempo inteiro e os produtores parece que ficaram com medo de que o publico já familiarizado com o Michael Bays da vida torcessem o nariz para um filme tão focado na historia, se fosse um pouquinho menos grandiosa se encaixaria melhor no perfil do filme, mas é uma cena boa mesmo assim.

Apesar de beber de uma franquia conhecida o filme tem identidade própria, e ao fim tem um gancho para uma continuação que culminará no que já sabemos, mas que queremos ver como vai acontecer esse domínio dos macacos. Parabéns para a Fox que até 2010 só fazia porcaria e na minha opinião foi responsável pelos dois melhores filmes de 2011, este Planeta e X-Men Primeira Classe.

Nota: 10

Melhor: os efeitos especiais e a atuação de Andy Serkis.

Pior: o foco dado aos personagens humanos, mas nada que prejudique ao filme.