Assisti ao filme ‘ESTÃO TODOS BEM’, com Robert de Niro.
          Dispensável dizer da atuação dele. É sempre magnífico!
          Procuro não assistir refilmagens, pois as que já vi são sempre inferiores aos originais.
          Aconteceu com as refilmagens dos clássicos de terror orientais, como ‘O CHAMADO’, ‘O GRITO’, ‘O OLHO’, esta última então, foi a pior ...
          O que dizer da refilmagem ‘DANÇA COMIGO?’ Com o mediano Richard Gere? Desculpem-me as apaixonadas por ele, mas para mim, ele tem sempre cara de quem acabou de acordar. O ‘DANÇA COMIGO’ original (japonês) é infinitamente superior. É rico em cultura, interpretação, etc.
          Até ‘ÁGUA NEGRA’, refilmagem feita pelo nosso Walter Salles (quem eu admiro) ficou a desejar. O original é muito superior.
          Mas, esta refilmagem ‘ESTAMOS TODOS BEM’, de 2010, foi um bom filme, quase tanto quanto o original. Talvez, por não ser bem uma cópia, mas uma releitura. Havia diferenças, poucas, mas que tornaram a história interessante.
          Quando digo quase tanto quanto o original, é pelo fato do STANNO TUTTI BENE, de 1990, com o eterno Marcello Mastroianni (dirigido pelo inigualável Giuseppe Tornatore) ser melhor. Enredo entremeado de sutilezas, interpretação delicada e competente de Mastroianni, com um fim menos feliz que a refilmagem.
          A riqueza de detalhes impressiona. Matteo Scuro, o personagem da obra original, é apaixonante. Através dele me desvelei ... em mim residia uma vocação desconhecida (as nomeadas casas de repouso, em meu projeto é Casa de Vida, não de espera infindas, permeadas pelo inevitável fim. Nesta Casa, jovens cumpririam horas-aula de vida, de releituras, de aprendizado).

          Poucos percebem a solidão do idoso, e raros os que aproveitam de suas sabedorias e vivências. O que esperar de uma sociedade que despreza os que vieram antes? Sequer reverenciam o que fizeram! Pensam que o que desfrutam hoje, é obra própria.



          Mas voltando ao assunto primeiro, a refilmagem com Robert de Niro é um bom filme e recomendo. A conclusão da história é uma catarse para todos nós, pais e mães, que fazemos o melhor que podemos, mas na certeza de que faríamos um pouco diferente, se nos fosse dado oportunidade.



         

           Como não se colocar no lugar do outro, quando somos tão semelhantes?








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SIMONE SIMON PAZ
Enviado por SIMONE SIMON PAZ em 09/10/2011
Reeditado em 09/10/2011
Código do texto: T3267348
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