“Escritores da liberdade um paralelo com a Indisciplina na Escola: Questões sobre mudança de paradigma”
Indisciplina, uma palavra que designa o desenrolar de todo o texto que será lido a seguir.
Por um lado o conceito de indisciplina é individuo rebelde, desobediente, mais por outro olhando para dentro do contexto, significa: “sociedade: a causa dessa indisciplina.”
O que o professor retrata hoje na sala de aula é simples à realidade atual. O que precisa ser revisto, são os casos da sociedade externa à escola, ou seja, a busca de solução para que os alunos entendam que a escola pode sim ser o lugar de harmonia e aprendizado pela vida.
A família está sujeita a desenvolver problemas que afetam a vida do estudante, como por exemplo, indivíduos que deixam suas casas em troca de liberdade e o que acaba trazendo mais problemas para eles; ou seja, os pais são responsáveis pela a educação do seu filho, mas pelo fato de existir os sérios problemas sociais, seja qual for ele, as famílias se desestruturam. Uma vez que a sociedade não se preocupa com esses jovens, a escola se torna alvo fácil das chamadas operações de risco, nas quais infligem a capacidade do profissional da educação em seu ambiente de trabalho. O que aprender na escola se o que vem da sociedade externa faz com que o aluno perda toda a aptidão, por enfrentar questões difíceis em seu cotidiano? A verdade é que a preparação desses indivíduos não é aceitável, por enfrentarem situações difíceis no decorrer do seu aprendizado; preparação essa que é denominada fora do convívio escolar. O que a família tem feito para mudar? Considero que a família é a ponte de partida para o inicio dos valores sociais; tendo ela oferecido a melhor educação para o seu filho, a mudança acontece. A família não estar preparada para isso; a sociedade avança em quantidade, e não em qualidade. E como fica a escola? O profissional fica na expectativa de tentar mudar o quadro social de muitos estudantes; e muitas vezes se tornam presas fáceis do crime escolar. O professor nesta sociedade é o único ser culpado? Não seria a sociedade? Que impõem, alienam, e manipulam? A família é a vitima. Certa ocasião, na disciplina de outro professor, teve um debate sobre vários assuntos sociais, e um deles era justamente “PROFESSOR: UMA PROFISSÃO DE RISCO”, na qual teríamos parte dos alunos que concordar com o tema e outra discordar; e apresentar motivos de nossa decisão; descobrimos que o professor realmente corre riscos, abordamos questões e exemplos vividos por nós mesmos, que confirmassem com a nossa afirmação.
Um dos exemplos mais recentes é o de Realengo no Rio de Janeiro. O individuo invadiu salas e atirou em varias crianças que as levaram à morte, e os professores onde ficaram? Eles correram riscos? Podemos dizer que existem outras profissões que são particularmente de risco, mas não deixamos de mencionar o profissional da educação, porque é principalmente psicologicamente que ele precisa desenvolver seu pensamento, isso por que alunos trazem à prática escolar o que vivenciam fora da escola. A profissão professor é a mais instigadora da sociedade, pois é através dela que somos pessoas hoje, enquanto outros indivíduos perturbam a capacidade do professor lecionar; o professor não é um herói, ele também encontra dificuldades, mas tem que está preparado.
Em contraste com o artigo e o filme Escritores da Liberdade, o assunto em todo momento mostra a real situação que é vivenciada pelo professor.
Joe Garcia, doutor em Educação (PUC-SP). É professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Seu artigo tem como tema, INDISCIPLINA NA ESCOLA: Questões sobre mudança de paradigma. Seu principal objetivo é analisar a indisciplina na Educação Básica. Para maior compreensão, cita-se (ESTRELA, 2002) que segundo ele isso acontece porque, “os problemas de indisciplina representam um dos mais antigos e persistentes desafios encontrados nas escolas, em todos os países industrializados. Cita-se ainda (FURLAN, 1999; ESTRELA, 2002; PRAIRAT, 2004) dizem que “nas últimas décadas, os problemas de indisciplina e violência nas escolas se tornaram um dos principais desafios a preocupar educadores em diversos países, nos hemisférios norte e sul. Esses fatores, como foram vistos em escritores da liberdade, atravessaram relações de desafeto entre o professor e aluno, produzindo bastidores de problemas na vida do educador. Sendo assim ele está sujeito a todo tipo de agressão, tanto física como psicológica. Portanto, Joe Garcia refere-se aos “(...) desafios de uma série de observações realizadas em um grupo de escolas publicas e privadas, de Ensino Fundamental e Ensino Médio ao longo dos últimos cinco anos.” A indisciplina escolar advém de problemas sociais, uma vez que o aluno não tem uma base familiar compensável ao convívio escolar, a escola os recebe com um sério problema de indisciplina.
“(...) um aluno indisciplinado seria não somente aquele cujas ações rompem com as regras da escola, mas também aquele que não esta desenvolvendo suas próprias possibilidades cognitivas, atitudinais e morais. Quando os educadores planejam superar os desafios relacionados aos eventos de indisciplina, precisam considerar a complexidade aí implicada. (GARCIA, 2008)
Sendo assim, vale lembrar que as diferenças sociais também exercem influências, como por exemplo, o cenário aplicado ao filme, que era de uma escola que tinha em sua atividade uma sala diferenciada das demais; jovens desprovidos de conhecimento; isso por causa da origem de vida que eles se iniciaram; muitos presenciavam momentos de violência fora do contexto escolar; o que acabava sendo também praticado dentro da escola. O professor tem o poder de passar conteúdos aos alunos, seja qual for a tendência pedagógica que ele exerce. Remir o aluno de suas ações é papel da tendência pedagógica redentora (LUCKESI, 1994. p.38-41), ou seja, redimir a sociedade; que faz com que o aluno reflita sobre suas ações externas à escola.
Foi exatamente o que a professora em Escritores da Liberdade construiu, além de passar aos alunos dinâmicas de aprendizagem, ensinou um novo modo de vida, antes eram jovens revoltados com suas situações sociais, e agora compreendiam que a vida podia haver mudanças, a partir do momento que eles quisessem ser mudados.
Eis um conjunto de desafios colocados por Joe Garcia: ausência de visão compartilhada: que segundo ele deve ter por base a perspectiva mais ampla de gestão dos seus processos pedagógicos, e se inicia no projeto pedagógico, que se constitui o elemento central do processo de gestão da educação escolar. Inversão de prioridades: que surge também pela a ausência daquilo que deveria estar explicitado em um plano de gestão baseado em uma perspectiva pedagógica compartilhada nas escolas. Sensibilidade a incidentes eventuais: tal sensibilidade reflete a ausência de uma perspectiva de gestão das questões de indisciplina, que tende a deixar a escola à mercê de interrupções esporádicas em seu ritmo de funcionamento. Ações parciais substituem estratégias para mudança: exercem maior apelo por sua praticidade e aparente eficácia. Entretanto, para avançar, as escolas precisam investir em estratégias de mudança. Ausência de conhecimento sistemático: torna-se possível avaliar as visões e ações exercidas nas escolas, bem como dos resultados obtidos.
Complementando o que foi posto acima, podemos afirmar que a escola em tempos atuais, se foca em muitos desafios a serem superados, cabe ao educador e a gestão se desenvolver em busca de uma escola de prioridades ao aluno, tendo bons resultados.
“Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o trafico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorizados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias praticas e precisa trazer questões do mundo para a sala de aula.” (MENEZES, 2007. p.20).
Com esse tipo de conduta, os alunos se agridem, os professores são humilhados. O que acaba provocando fatos internos, produzindo um conjunto de problemas a serem combatidos da mesma forma que enfrentamos externamente. Para concluir, o que realmente falta para esta sociedade, é a consciência que difere os atos de harmonia; que poderia ter entre seres; sendo assim traria a capacidade de cada indivíduo compreender que conviver em uma sociedade, seja ela interna ou externa à escola, deve ser de total transformação e produção. Mas devido aos problemas sociais que tanto existem, a escola não consegue adaptar ao seu papel pedagógico, uma disciplina capaz de redimir o aluno. Há exceções, como é o caso de escritores da liberdade, que concerteza revolucionou para melhor, mas para a maioria, ainda precisa rever. A escola e o educador conseguiriam mudar o aluno problemático que veio de um grupo desordenado? Cabe a nós futuros educadores, nos prepararmos para o melhor e o pior, desenvolvermos atividades de aprendizado; enfim, exercer a profissão com aptidão, ter o prazer no que faz; e acima de tudo mostrar ao nosso aluno o melhor futuro que ele tem à sua frente.
Referências
MENEZES, Luis Carlos. A violência, a escola e você. Revista Nova Escola. Ano XXII. SP: Ed. Abril, 2007.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor).