BREVE RESENHA:
O filme O Óleo de Lorenzo é uma produção Hollywoodiana do ano de 1992, ganhador de múltiplos prêmios que reafirmaram sua qualidade e o seu valoroso papel social. O drama fora dirigido pelo competente produtor de filmes, diretor de cinema e roteirista australiano George Miller. O filme é uma história real baseada em Lorenzo Odone, que aos oito anos começou a demonstrar os sintomas de rara doença genética e incurável, a adrenoleucodistrofia (ADL).
Quando os pais de Lorenzo receberam o perturbador diagnóstico de que o seu filho único sofria de um mal invisível, capaz de devastar o seu cérebro, afetando os sentidos, gerando paralisia e a incapacidade de engolir e de se comunicar; reuniram forças e não se abateram diante da necessidade de travar uma batalha científica em que em alguns momentos se misturava a fé; tudo para desvendar os mistérios de uma doença, na época, pouco estudada e sem perspectiva de tratamento.
Perante o agravamento categórico da cascata de sintomas e da morte como o único desfecho, os pais se debruçaram sobre os livros de medicina e os precários artigos científicos publicados na época. Recorreram a tudo que pudesse auxiliar no entendimento da ação desta doença e assim poder discutir com os médicos o tratamento eficaz para minorar o sofrimento e os sinais deste mal em Lorenzo.
A obstinação amorosa dos pais foi o bastante para sair da passividade, ignorando as incógnitas do diagnóstico. Mesmo não fazendo parte da Ciência Médica eles passaram a trabalhar no estudo dos mecanismos básicos celulares, buscando aprender e entender como as células do organismo funcionam. Foram dias e noites em bibliotecas, absorvidos em compêndios numa conjuntura em que os computadores pessoais e a Internet ainda era uma possibilidade.
É definitivamente uma bela lição de vida e uma porta escancarada para uma gama de boas e fartas discussões.
ANÁLISE CRÍTICA:
Para início de conversa vamos resgatar a analogia que os pais de Lorenzo estabelecem logo depois de afirmarem: “[...] Os médicos estão nas trevas”. Eles (os pais) tratam o conhecimento como um país desconhecido do qual se faz necessário estudar suas leis, sua geografia, economia, idioma, crenças e história. Assim, será com todos os saberes encobertos pela névoa do mistério, pela escuridão da incógnita. Querer desbravar o país inóspito partirá do da ânsia de contribuir para a solução de um problema.
É entender o processo de pesquisa como uma viagem que exige munir-se de um planejamento coerente e responsável, em que os objetivos, os prazos, as metas, a metodologia e análise dos dados estão intrinsecamente ligados e compreendidos, afinal ninguém quer ter surpresas negativas no transcurso da viagem.
“[...] Ele não pode sofrer pela nossa ignorância”. “[...] Vamos sair e nos informar, vamos ler um pouco”.
Ler um pouco. Ler o bastante e voltar a ler sempre que for preciso. Ler sempre quando a pesquisa pedir. Pois, só assim, teremos argumentos firmes, pontos para questionar, autores para confrontar e por fim, uma tese original, porém respaldada pelos pesquisadores que nos precederam.
Enfim, será a reunião de estudos espalhados. O encontro de postulações vindas de muitas nacionalidades; de diversas áreas do conhecimento que nasceram em tempos distintos. Será como recolher retalhos que estavam sendo trabalhados em seu particular, no seu universo de cores e estampas próprias. Mas, que combinados a outros formará uma belíssima ‘colcha de retalhos’, costurada pela curiosidade, transpassada pela linha da ciência.
“[...] não vamos fazer nada, sem saber o porquê.”, diziam os pais de Lorenzo.
Definitivamente o que os pais do garoto estavam fazendo era CIÊNCIA. A genuína ciência que tem o seu tempo, porém sem ignorar que sua existência não cabe em si mesma, nem está engessada em seus tubos de ensaios ou tão somente estampada nos diplomas dos austeros especialistas.
A ciência e as suas contribuições devem viver pela premissa do cuidado humano, da dor humana. Fazendo a opção preferencial pela vida. Pela predileção à vida... Sempre.
Imagem - Fonte: Google
O filme O Óleo de Lorenzo é uma produção Hollywoodiana do ano de 1992, ganhador de múltiplos prêmios que reafirmaram sua qualidade e o seu valoroso papel social. O drama fora dirigido pelo competente produtor de filmes, diretor de cinema e roteirista australiano George Miller. O filme é uma história real baseada em Lorenzo Odone, que aos oito anos começou a demonstrar os sintomas de rara doença genética e incurável, a adrenoleucodistrofia (ADL).
Quando os pais de Lorenzo receberam o perturbador diagnóstico de que o seu filho único sofria de um mal invisível, capaz de devastar o seu cérebro, afetando os sentidos, gerando paralisia e a incapacidade de engolir e de se comunicar; reuniram forças e não se abateram diante da necessidade de travar uma batalha científica em que em alguns momentos se misturava a fé; tudo para desvendar os mistérios de uma doença, na época, pouco estudada e sem perspectiva de tratamento.
Perante o agravamento categórico da cascata de sintomas e da morte como o único desfecho, os pais se debruçaram sobre os livros de medicina e os precários artigos científicos publicados na época. Recorreram a tudo que pudesse auxiliar no entendimento da ação desta doença e assim poder discutir com os médicos o tratamento eficaz para minorar o sofrimento e os sinais deste mal em Lorenzo.
A obstinação amorosa dos pais foi o bastante para sair da passividade, ignorando as incógnitas do diagnóstico. Mesmo não fazendo parte da Ciência Médica eles passaram a trabalhar no estudo dos mecanismos básicos celulares, buscando aprender e entender como as células do organismo funcionam. Foram dias e noites em bibliotecas, absorvidos em compêndios numa conjuntura em que os computadores pessoais e a Internet ainda era uma possibilidade.
É definitivamente uma bela lição de vida e uma porta escancarada para uma gama de boas e fartas discussões.
ANÁLISE CRÍTICA:
Para início de conversa vamos resgatar a analogia que os pais de Lorenzo estabelecem logo depois de afirmarem: “[...] Os médicos estão nas trevas”. Eles (os pais) tratam o conhecimento como um país desconhecido do qual se faz necessário estudar suas leis, sua geografia, economia, idioma, crenças e história. Assim, será com todos os saberes encobertos pela névoa do mistério, pela escuridão da incógnita. Querer desbravar o país inóspito partirá do da ânsia de contribuir para a solução de um problema.
É entender o processo de pesquisa como uma viagem que exige munir-se de um planejamento coerente e responsável, em que os objetivos, os prazos, as metas, a metodologia e análise dos dados estão intrinsecamente ligados e compreendidos, afinal ninguém quer ter surpresas negativas no transcurso da viagem.
“[...] Ele não pode sofrer pela nossa ignorância”. “[...] Vamos sair e nos informar, vamos ler um pouco”.
Ler um pouco. Ler o bastante e voltar a ler sempre que for preciso. Ler sempre quando a pesquisa pedir. Pois, só assim, teremos argumentos firmes, pontos para questionar, autores para confrontar e por fim, uma tese original, porém respaldada pelos pesquisadores que nos precederam.
Enfim, será a reunião de estudos espalhados. O encontro de postulações vindas de muitas nacionalidades; de diversas áreas do conhecimento que nasceram em tempos distintos. Será como recolher retalhos que estavam sendo trabalhados em seu particular, no seu universo de cores e estampas próprias. Mas, que combinados a outros formará uma belíssima ‘colcha de retalhos’, costurada pela curiosidade, transpassada pela linha da ciência.
“[...] não vamos fazer nada, sem saber o porquê.”, diziam os pais de Lorenzo.
Definitivamente o que os pais do garoto estavam fazendo era CIÊNCIA. A genuína ciência que tem o seu tempo, porém sem ignorar que sua existência não cabe em si mesma, nem está engessada em seus tubos de ensaios ou tão somente estampada nos diplomas dos austeros especialistas.
A ciência e as suas contribuições devem viver pela premissa do cuidado humano, da dor humana. Fazendo a opção preferencial pela vida. Pela predileção à vida... Sempre.
Imagem - Fonte: Google