Imagem: coversblog.wordpress.com
A Voz do Coração
Ó noite
Venha trazer
A terra
A encantadora calma
Do seu mistério
A sombra que te segue
É tão doce
Como doce é a musica
Suas vozes cantam a esperança
Seu poder é tão grande
Que transforma tudo em sonho.
Ó noite
Deixe ficar mais
Sobre a terra
A encantadora calma
Do seu mistério
A sombra que te segue
É tão doce!
Existe algo mais bonito que um sonho?
Existe uma verdade mais doce que a esperança?
*Tradução de Ô Nuit - Jean-Philippe Rameau (1683-1764)
Assim como o hábito da releitura de livros especiais cultivo também, quando o tempo permite, o hábito de rever filmes que considero especiais. Um deles é A Voz do Coração.
O filme é um encanto e emoção foi a mesma. A Voz do Coração é desses filmes que nunca vou me cansar de rever e de indicar para quem, como eu, se encanta com histórias humanas, com enredos que misturem práticas pedagógicas e dramas humanos, que nos façam refletir nossas práticas e que podemos identificar como “nossas histórias” de vida e ofício.
Nada original falar de uma escola de meninos ditos “desajustados”, “rebeldes”, irascíveis. Nada original falar de diretor autoritário, de práticas de violência, de indisciplina, de professor sendo agredido... Ou isso não está nos nossos noticiários quase que diariamente?
Também não é nada original professor/a indiferente a realidade que o/a cerca, mas também professor/a com sonho e com esperança de mudá-la e é disso que esse filme trata. De sonho e esperança de um professor para que a vida daqueles meninos tenha um rumo diferente do previsível, quando ao iniciar um coro na instituição, faz com que a música se torne um canal maravilhoso de sensibilização. Através dela, esperanças se renovam, sonhos tornam-se realidade, vidas são ressignificadas.
Alimento a (tola?)esperança de que educadores, pais e mães, dirigentes de escola, lideranças sindicais e comunitárias, formadores de opinião, conselheiros, secretários /as de educação, entre outros, tenham visto, ou possam ver esse filme. Quem sabe se sensibilizam para a perspectiva da Arte, em especial as dimensões do estudo da Música, tornada obrigatória nos currículos das escolas, não seja vista como penduricalho, acessório para “matar o tempo”, mas possibilidade real de mudança nos rumos pedagógicos de uma escola.
Sinopse/Opinião
Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, Clémente Mathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais. http://www.adorocinema.com/filmes/voz-do-coracao/
(...) A Voz do Coração é um filme tocante porque mistura sentimentos diversos, como amor, afeição, carinho, ódio, raiva e solidão. Todos eles se misturam e aparecem em um ambiente extremamente impessoal, que é o internato, que nem parece abrigar crianças cheias de talento e força de vontade. Sufocados pela autoridade do diretor Rachin, que não lhes dá liberdade para fazer nada de que gostam, os meninos acabam se revoltando e cometendo atos que não fazem parte de sua personalidade. Seus talentos são abafados e seus poucos momentos de felicidade podem ser abolidos por um pequeno deslize. É neste momento que aparece Clément, com sua boa vontade e paciência com seus alunos. Ele decide lhes dar uma chance de descobrir quem são de verdade, de fazer aquilo de que realmente gostam e em que são bons. A música pode até não se tornar a coisa mais importante de suas vidas no futuro, mas foi por causa dela que eles se libertaram de muitas de suas angústias. Clément e Rachin são extremos opostos - o primeiro representa a bondade, a segunda chance, enquanto o segundo representa todo o descaso de algumas pessoas para com outras. A falta de diálogo com os alunos por parte de professores e do diretor fica muito evidente nos momentos em que Clément tenta se comunicar com os meninos. A repressão que sempre sofreram por fazer o que lhes agradava faz com que eles se tornem pessoas fechadas à conversa. Para compensar isso, eles assumem atitudes violentas, que mais tarde acarretarão em castigos. http://inforum.insite.com.br/18701/4977717.html
* Uma cena do coral que vale a pena conhecer: a música cantada pelos meninos está na trilha do filme, aliás, uma trilha impecável e imperdível para quem aprecia o canto coral.
http://www.youtube.com/watch?v=ORK6TUndEs4
A Voz do Coração
Ó noite
Venha trazer
A terra
A encantadora calma
Do seu mistério
A sombra que te segue
É tão doce
Como doce é a musica
Suas vozes cantam a esperança
Seu poder é tão grande
Que transforma tudo em sonho.
Ó noite
Deixe ficar mais
Sobre a terra
A encantadora calma
Do seu mistério
A sombra que te segue
É tão doce!
Existe algo mais bonito que um sonho?
Existe uma verdade mais doce que a esperança?
*Tradução de Ô Nuit - Jean-Philippe Rameau (1683-1764)
Assim como o hábito da releitura de livros especiais cultivo também, quando o tempo permite, o hábito de rever filmes que considero especiais. Um deles é A Voz do Coração.
O filme é um encanto e emoção foi a mesma. A Voz do Coração é desses filmes que nunca vou me cansar de rever e de indicar para quem, como eu, se encanta com histórias humanas, com enredos que misturem práticas pedagógicas e dramas humanos, que nos façam refletir nossas práticas e que podemos identificar como “nossas histórias” de vida e ofício.
Nada original falar de uma escola de meninos ditos “desajustados”, “rebeldes”, irascíveis. Nada original falar de diretor autoritário, de práticas de violência, de indisciplina, de professor sendo agredido... Ou isso não está nos nossos noticiários quase que diariamente?
Também não é nada original professor/a indiferente a realidade que o/a cerca, mas também professor/a com sonho e com esperança de mudá-la e é disso que esse filme trata. De sonho e esperança de um professor para que a vida daqueles meninos tenha um rumo diferente do previsível, quando ao iniciar um coro na instituição, faz com que a música se torne um canal maravilhoso de sensibilização. Através dela, esperanças se renovam, sonhos tornam-se realidade, vidas são ressignificadas.
Alimento a (tola?)esperança de que educadores, pais e mães, dirigentes de escola, lideranças sindicais e comunitárias, formadores de opinião, conselheiros, secretários /as de educação, entre outros, tenham visto, ou possam ver esse filme. Quem sabe se sensibilizam para a perspectiva da Arte, em especial as dimensões do estudo da Música, tornada obrigatória nos currículos das escolas, não seja vista como penduricalho, acessório para “matar o tempo”, mas possibilidade real de mudança nos rumos pedagógicos de uma escola.
Sinopse/Opinião
Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, Clémente Mathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais. http://www.adorocinema.com/filmes/voz-do-coracao/
(...) A Voz do Coração é um filme tocante porque mistura sentimentos diversos, como amor, afeição, carinho, ódio, raiva e solidão. Todos eles se misturam e aparecem em um ambiente extremamente impessoal, que é o internato, que nem parece abrigar crianças cheias de talento e força de vontade. Sufocados pela autoridade do diretor Rachin, que não lhes dá liberdade para fazer nada de que gostam, os meninos acabam se revoltando e cometendo atos que não fazem parte de sua personalidade. Seus talentos são abafados e seus poucos momentos de felicidade podem ser abolidos por um pequeno deslize. É neste momento que aparece Clément, com sua boa vontade e paciência com seus alunos. Ele decide lhes dar uma chance de descobrir quem são de verdade, de fazer aquilo de que realmente gostam e em que são bons. A música pode até não se tornar a coisa mais importante de suas vidas no futuro, mas foi por causa dela que eles se libertaram de muitas de suas angústias. Clément e Rachin são extremos opostos - o primeiro representa a bondade, a segunda chance, enquanto o segundo representa todo o descaso de algumas pessoas para com outras. A falta de diálogo com os alunos por parte de professores e do diretor fica muito evidente nos momentos em que Clément tenta se comunicar com os meninos. A repressão que sempre sofreram por fazer o que lhes agradava faz com que eles se tornem pessoas fechadas à conversa. Para compensar isso, eles assumem atitudes violentas, que mais tarde acarretarão em castigos. http://inforum.insite.com.br/18701/4977717.html
* Uma cena do coral que vale a pena conhecer: a música cantada pelos meninos está na trilha do filme, aliás, uma trilha impecável e imperdível para quem aprecia o canto coral.
http://www.youtube.com/watch?v=ORK6TUndEs4