O ritual _ uma resenha do filme
Título original _ The Rite.
EUA, 2011. Direção de Mikael Hafstrom. Com Anthony Hopkins, Colin O´Donoghue, Alice Braga _ esta, brasileira, linda em seu papel.
A história do filme, "O ritual" _ se apresenta como baseada em fatos reais:
um jovem com uma história familiar bastante sofrida entra no seminário, e pelos descaminhos de sua vida, acaba por ser um exorcista. Em um momento crucial diz
_ "Não acredito em mim".
Não acreditava em deus dentro dele. No filme, acaba por acreditar em deus fora dele. E no demônio. Para mim a história do filme poderia ser real dentro de um universo, o do Vaticano. Acredito na existência de vários universos, neste momento em que vivemos aqui na Terra, e no ano de 2011:
_ o universo budista, o católico, o evangélico, o umbandista, o do candomblé, o do Carlos Castaneda _ tolteca _ os de nossos índio do Xingú, o dos aborígenes da Austrália; os poucos aborígenes que não foram aculturados se intitulam _ "homens sábios", pelo seu contato com o interior de si e com o mundo mais amplo, o universo.
Temos ainda o universo da poesia, da piscanálise, da física quântica, e outros ainda... Cada universo com suas crenças.
Para mim o filme "O ritual" forçou a barra.
Em certa medida foi dogmático. O personagem _ um jovem que buscou o seminário como fuga de uma vida familiar impossível, em seu papel de aprendiz de bruxo precisava acreditar em Jesus. Mas e se deus e o demômonio estão em nós como fora de nós? Impossível expulsar o demônio. Precisamos antes, saber do demônio em nós, para lidar com ele em nós.
Minhas "brigas" com a igreja católica, desde adolescente.
O Vaticano existe? Certamente que sim. Possessões demoníacas?
Dentro de alguns universos, por exemplo, o do Vaticano, existem.
No filme, a idade média de uma freira era de sessenta e nove anos... Por que? O universo monoteísta católico é masculino. Nele a mulher é ainda o demônio. O passado neste sentido é bem presente.
A propaganda do filme alardeia que se trata de uma história real, que o Vaticano queria ocultar. Uma ingenuidade.
O Vaticano, um universo que não atrai os jovens, para ele os exorcismos não seriam um chamariz?
A versão que o vaticano tentou esconder esta história real, para mim, acaba sendo uma das tentativas (forçada) de auto-promoção do filme. Claro, de quem o fez.
Imagino que o Vaticano não tenha nada a ver com o filme. Mas quem fez que o filme entrou na demagogia do Vaticano.
Isto sim, entrou.
O fime não me impactou nem assustou, foi previsível.