Sinopse
Aos 60 anos, Huw Morgan, um velho trabalhador das minas de carvão do País de Gales, relembra sua infância e juventude na pequena cidade mineradora onde a mineração de carvão era a única atividade econômica e responsável por todos empregos e renda cidade. Ele fala da desintegração familiar provocada pelos conflitos trazidos pelo confronto entre as teorias sociológicas e econômicas que se digladiavam no país nessa época (socialismo e capitalismo), a degradação do meio ambiente pela atividade predadora da companhia de mineração e as angústias familiares causadas pelos sonhos desfeitos, a falta de opções, as guerras, os amores desfeitos e os sonhos abortados de uma comunidade cuja única felicidade era viver num bucólico vale onde a natureza era pródiga e as tradições familiares a coisas mais importante a ser preservada.
O livro e o filme
Como era verde o meu vale é um dos mais inspiradores livros que já li e um dos mais belos e emocionantes filmes que já assisti. O livro foi escrito pelo escritor inglês Richard LLewellin, e adaptado para o cinema pelo famoso diretor John Ford. O livro foi aclamado como um dos maiores romances de todos os tempos e o filme ganhou o Oscar de melhor filme em 1942. Trata-se de uma linda história de uma família de mineiros vivendo numa pequena comunidade no interior do País de Gales, onde a única atividade econômica é a extração de carvão. Tudo gira em volta dessa empresa, que não só controla a vida dos cidadãos da vila, via poder econômico, como também mutila o ambiente ( o verde vale) com suas atividades predadoras.
A história põe a nu os conflitos e preconceitos de uma sociedade vitoriana, que esconde a hipocrisia de seus desejos e hábitos atrás de uma rigidez moral e religiosa que admite privadamente os piores pecados, mas em público condena as mais legitimas aspirações humanas como o amor, a liberdade de escolha, o desejo sexual etc.
Estava revendo esse filme na madrugada do último sábado quando uma tempestade se abatia sobre a cidade. No filme, a ruiva Maureen O” Hara em seus mais deslumbrantes anos, fazendo o sofrido papel da mocinha que se apaixona pelo seu pastor mas tem a mão já prometida ao filho do dono da mina. A família que tudo perde em consequência da malogros do destino. O trabalho infantil. A morte do velho mineiro que proporciona ao filho o momento de redenção. Tudo isso temperado por uma trilha musical simplesmente arrebatadora e emocionante, pelo clima romântico e melancólico que inspira essas velhas canções galesas.
As verdes colinas do Rio
Lembrei-me dos desabrigados das serras cariocas. Como eram verdes aquelas colinas que a chuva fez vir abaixo! E quantos dramas a serem contabilizados no bojo dessa tragédia que também tem sua origem no desrespeito com que tratamos a natureza. Como diz o velho ditado: Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando, mas a natureza nunca esquece o mal que fazem com ela. Mortes, tragédias e outros cataclismos são próprios do ambiente em que vivemos. Devemos encará-los com a serenidade dos antigos chineses, que diziam que o céu e a terra não são humanos, e que para eles os homens são como cães de palha que são queimados nas fogueiras dos sacrifícios, nos dias de festa. É verdade, mas não devemos nunca nos esquecer da nossa responsabilidade em tudo isso. Essa também é uma idéia que o autor do livro discute no desenrolar da sua história, embora no filme ela seja pouco perceptível.
Como era verde o meu vale é uma história de tragédias e angústias, contadas com muita veia romântica pelo autor. Mas é também um exemplo de superação e força que só a solidariedade de uma comunidade realmente unida pode superar. Disso tudo fica-nos o exemplo e a lembrança como recurso pedagógico para lições futuras.
Aos 60 anos, Huw Morgan, um velho trabalhador das minas de carvão do País de Gales, relembra sua infância e juventude na pequena cidade mineradora onde a mineração de carvão era a única atividade econômica e responsável por todos empregos e renda cidade. Ele fala da desintegração familiar provocada pelos conflitos trazidos pelo confronto entre as teorias sociológicas e econômicas que se digladiavam no país nessa época (socialismo e capitalismo), a degradação do meio ambiente pela atividade predadora da companhia de mineração e as angústias familiares causadas pelos sonhos desfeitos, a falta de opções, as guerras, os amores desfeitos e os sonhos abortados de uma comunidade cuja única felicidade era viver num bucólico vale onde a natureza era pródiga e as tradições familiares a coisas mais importante a ser preservada.
O livro e o filme
Como era verde o meu vale é um dos mais inspiradores livros que já li e um dos mais belos e emocionantes filmes que já assisti. O livro foi escrito pelo escritor inglês Richard LLewellin, e adaptado para o cinema pelo famoso diretor John Ford. O livro foi aclamado como um dos maiores romances de todos os tempos e o filme ganhou o Oscar de melhor filme em 1942. Trata-se de uma linda história de uma família de mineiros vivendo numa pequena comunidade no interior do País de Gales, onde a única atividade econômica é a extração de carvão. Tudo gira em volta dessa empresa, que não só controla a vida dos cidadãos da vila, via poder econômico, como também mutila o ambiente ( o verde vale) com suas atividades predadoras.
A história põe a nu os conflitos e preconceitos de uma sociedade vitoriana, que esconde a hipocrisia de seus desejos e hábitos atrás de uma rigidez moral e religiosa que admite privadamente os piores pecados, mas em público condena as mais legitimas aspirações humanas como o amor, a liberdade de escolha, o desejo sexual etc.
Estava revendo esse filme na madrugada do último sábado quando uma tempestade se abatia sobre a cidade. No filme, a ruiva Maureen O” Hara em seus mais deslumbrantes anos, fazendo o sofrido papel da mocinha que se apaixona pelo seu pastor mas tem a mão já prometida ao filho do dono da mina. A família que tudo perde em consequência da malogros do destino. O trabalho infantil. A morte do velho mineiro que proporciona ao filho o momento de redenção. Tudo isso temperado por uma trilha musical simplesmente arrebatadora e emocionante, pelo clima romântico e melancólico que inspira essas velhas canções galesas.
As verdes colinas do Rio
Lembrei-me dos desabrigados das serras cariocas. Como eram verdes aquelas colinas que a chuva fez vir abaixo! E quantos dramas a serem contabilizados no bojo dessa tragédia que também tem sua origem no desrespeito com que tratamos a natureza. Como diz o velho ditado: Deus perdoa sempre, o homem de vez em quando, mas a natureza nunca esquece o mal que fazem com ela. Mortes, tragédias e outros cataclismos são próprios do ambiente em que vivemos. Devemos encará-los com a serenidade dos antigos chineses, que diziam que o céu e a terra não são humanos, e que para eles os homens são como cães de palha que são queimados nas fogueiras dos sacrifícios, nos dias de festa. É verdade, mas não devemos nunca nos esquecer da nossa responsabilidade em tudo isso. Essa também é uma idéia que o autor do livro discute no desenrolar da sua história, embora no filme ela seja pouco perceptível.
Como era verde o meu vale é uma história de tragédias e angústias, contadas com muita veia romântica pelo autor. Mas é também um exemplo de superação e força que só a solidariedade de uma comunidade realmente unida pode superar. Disso tudo fica-nos o exemplo e a lembrança como recurso pedagógico para lições futuras.